Vamos procurar responder com a Bíblia nas mãos.
Ele é o Filho do Pai Eterno, gerado desde toda a eternidade: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei (Sl 2,7). Ele é o Rei dos reis, o Senhor dos senhores (Ap 19,16).
Deus amou tanto o mundo, que Ele entregou o seu Filho Único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo,3,16). Por isso o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo.1,14). Disse Gabriel a Maria: Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás a luz um Filho e o chamarás como o nome de Jesus (Lc 1,30-31).
Quem é o filho de Maria? Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai (antepassado). O seu Reinado não terá fim (Lc 1,33). Os poderosos deste mundo são derrubados dos seus tronos (Lc 1,52).
O Filho da Virgem Maria não tem pai humano, porque o Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com sua sombra; por isso o Santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus (Lc 1,35). Desde toda a eternidade o Filho de Deus existe: no principio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus (Jo 1,1) junto com o Pai e o Espírito é o Criador de todas as coisas: tudo foi feito por meio dele e sem ele nada foi feito (Jo.1-3).
Chegada a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher (Gl 4,4). E, nós vimos a sua Glória, Glória que ele tem junto do Pai como Filho Único, cheio de graça e de verdade (Jo 1,14). No corpo do Filho da Virgem Maria habita corporalmente toda plenitude da Divindade. Ele é a Cabeça de todo Principado e de toda Autoridade (Cl 2,9.10).
Como Filho de Deus e Filho de Mulher, Jesus é o Senhor (Fp 2,11), e por isso se assenta à direita do Todo Poderoso (Sl 110,1). Como Homem é o Mediador entre Deus e os homens e se deu em resgate por todos (1Tm 2,5).
Convinha que em tudo se tornasse semelhante aos irmãos para ser, em relação a Deus, Sumo Sacerdote misericordioso e fiel, para assim expiar os pecados do povo (Hb 2,17). É sumo sacerdote entre Deus e os homens não segundo o sacerdócio de Aarão, da Lei Antiga, mas é sacerdote desde toda eternidade e para sempre segundo a ordem do rei Melquisedeque (Sl 110,4; Hb 7,11; 7,20-25).
Assim vamos no Natal adorar o Filho de Deus e da Virgem Maria, não só Deus, mas homem como nós, menos no pecado (1Pd 2,22), o Deus-conosco Emanuel (Is.7,14; Mt1,23).
Nós que estávamos desgarrados, como ovelhas, retornemos ao Pastor e Guarda das nossas almas (1Pd 2,25).
O Natal lembra o infinito amor da Trindade por nós: Pai, Filho e Espírito Santo.
Pe. João Carlos Alampe