Paróquia Santo Antônio em Sorocaba comemora os 800 Anos da Impressão das Chagas de São Francisco

No último dia 17 de setembro, aconteceu a missa solene de encerramento da Festa de 800 anos da Impressão das Chagas em São Francisco.

As celebrações tiveram início no dia 14 de setembro com o tríduo, o qual foi marcado pela reflexão da vida de São Francisco de Assis, até o dia em que ele recebeu as chagas.

“São Francisco nos traz, não apenas a recordação de um acontecimento ocorrido há 800 anos, mas nos mostra que é possível a todo ser humano amar profundamente o Cristo sofredor” são palavras do pároco Frei Gilberto M. S. Piscitelli – OFM.

 

 

No dia 14 de setembro, primeiro dia do tríduo, os integrantes do Grupo de Jovens Saluz, encenaram o momento em que São Francisco, ajoelhado diante do crucifixo na capela em São Damião, ouviu a voz do Senhor a qual lhe dizia para reconstruir a igreja pois a mesma estava em ruínas.

Em sua homilia, Frei Gilberto comentou sobre a conversão, vivida por Francisco de Assis e também vivida por nós.

“A conversão vivida por Francisco de Assis aconteceu aos poucos, não aconteceu da noite para o dia. Ele era um jovem comum, vivia cantando e tomando vinho com seus amigos e em um determinado momento, ele vai percebendo a falta de sentido na vida que ele estava vivendo. E nesse momento Francisco muda sua caminhada e começa a entrar nas igrejas, e em uma visita às igrejas ele entra na capela de São Damião que estava em ruínas e lá ele sente no coração a mudança de vida”.

No domingo, 15 de setembro, segundo dia do tríduo, foi marcado pela encenação de mais algumas partes da vida de Francisco, sendo elas a convivência de Francisco com seus primeiros companheiros, a convivência de Francisco com os frades e os leprosos e, a vocação de Clara.

“Francisco durante um tempo da sua vida não podia sentir o cheiro de um leproso, não chegava perto deles e, com o tempo foi mudando isso dentro do seu coração e, ao pensar como Deus, ele descobriu no leproso o irmão em Cristo.

E assim ele começou a servir os leprosos, ele tomou a cruz e seguiu o Cristo” foram palavras do Frei Gilberto em sua homilia.

Continuando no terceiro e último dia do tríduo, 16 de setembro, logo após o evangelho, tivemos uma pequena encenação do diálogo de Francisco e Frei Leão, com a “história da Perfeita Alegria” sendo cantada.
Em seguida Frei Gilberto em sua homilia explica a Perfeita Alegria na compreensão de São Francisco!

“A história da “Perfeita Alegria” de São Francisco de Assis ensina que a verdadeira felicidade não está nas coisas materiais ou nas boas circunstâncias da vida, mas na forma como enfrentamos as dificuldades com paciência e humildade.

São Francisco, em uma conversa com Frei Leão durante uma viagem, explicou que, se eles chegassem a um mosteiro, cansados, com frio e fome, e os monges não os reconhecessem, não os deixassem entrar e ainda os maltratassem, a verdadeira alegria seria aceitar tudo isso com serenidade e sem raiva. A ideia de Francisco é que, mesmo diante de humilhações e sofrimentos, se conseguirmos manter a paz interior e continuar amando a Deus e as pessoas, isso é a perfeita alegria.

 

Ele não via a verdadeira alegria nos milagres ou nos momentos de reconhecimento, mas sim na capacidade de aceitar as adversidades sem perder a paciência ou o amor. O ensinamento principal é que a felicidade vem de dentro, de como lidamos com os desafios, e não do que acontece ao nosso redor.

Essa é uma lição sobre a importância da humildade e da paz interior, mesmo nos momentos mais difíceis.”

E na terça-feira, 17 de setembro, a missa solene de encerramento da Festa de 800 anos das Chagas de São Francisco foi marcada por vários momentos especiais.

Já no início da celebração Frei Gilberto inaugurou, na entrada da igreja matriz, um painel que representa o momento em que São Francisco recebeu as chagas. O painel foi trazido diretamente do Monte Alverne e retrata São Francisco e o Serafim alado.

Em sua reflexão, Frei Gilberto nos explica sobre o amor que Francisco de Assis tinha por Jesus.

“Meu Deus e meu tudo” e “O amor não é amado” eram as falas de São Francisco que mais expressavam o amor que ele sentia.
Ele amou tanto Jesus Cristo que quis identificar-se com Ele.

Após a comunhão, foi lido o 13º capítulo da Legenda Maior, escrito por São Boaventura, onde fala sobre o momento em que São Francisco recebeu os Sagrados Estigmas. Enquanto o capítulo era lido, houve a encenação feita pelo Grupo de Jovens Saluz.

Ao final da celebração, todos os fiéis presentes receberam a oração dos Louvores ao Deus Altíssimo. Essa oração foi escrita em um pergaminho por São Francisco após receber os estigmas e entregue à Frei Leão, o qual a carregou consigo durante toda a sua vida até o momento de sua morte.

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