TC.7Semana.6
Eclo 6,5-17
O tema da amizade se repete ao menos 5 vezes no livro do Eclo (9,10; 22,19-26; 27,22-24; 37,1-6). A leitura de hoje começa com um conselho: devemos evitar as palavras ofensivas, porque elas criam um vazio em torno de nós. Ao contrário as palavras boas favorecem a amizade. Uma palavra amena multiplica os amigos e acalma os inimigos.
A pessoa sábia está em paz com todos, mas ele confidencia os seus segredos a muito poucos. É bom ter muitos amigos, mas os confidentes devem ser bem poucos. Sejam numerosos os que te saúdam, mas teus conselheiros, um entre mil.
Amigos de verdade se revelam nos momentos de sofrimento. Se queres adquirir um amigo, adquire-o na provação.
Quando a amizade não exige grande sacrifícios ou quando ela traz grandes vantagens os amigos são muitos. Porque há amigo de ocasião, que não persevera no dia da aflição.
Os amigos autênticos, porém, são os que perseveram no tempo da desgraça. Os falsos amigos não só não superam a prova da verdadeira amizade, mas se convertem rapidamente em inimigos quando a amizade não lhes proporciona mais vantagens pessoais. Há amigo que passa para a inimizade, e que revela as desavenças para te envergonhar.
Os verdadeiros amigos permanecem amigos na abundância e na pobreza, nas horas felizes e nas infelizes. Por isso o amigo verdadeiro é um refúgio seguro. Ele não tem preço, pois a verdadeira amizade está fundada no temor a Deus. toda amizade verdadeira é de ordem religiosa. Quem teme o Senhor, conduz bem a sua amizade: como ele é, tal será o seu amigo.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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