TC.7Semana.4
Eclo 4,12-22
Nesta leitura, a sabedoria é apresentada como uma dama que enobrece seus filhos e cuida deles. Aqueles que amam a sabedoria amam o seu próprio bem, pois a sabedoria os tornará felizes e os encherá de bens. Os que a amam, amam a vida.
O amor à Sabedoria é como um culto religioso: quem se dedica à busca da sabedoria é como o sacerdote que é admitido aos mistérios divinos e na intimidade da vida divina. Por isso quem a ama, torna-se amável aos olhos de Deus: Os que a veneram, prestam culto ao Santo; pois Deus ama os que a amam.
A sabedoria confere perspicácia no julgamentos e preserva a pessoa dos perigos e dos enganos: Quem a escutar, julgará as nações; quem a ela se dedicar, viverá em segurança.
A sabedoria é uma riqueza que se torna a melhor herança que se pode transmitir aos filhos: Se alguém confiar nela, vai recebê-la em herança; e na sua posse continuarão seus descendentes.
Para possuir a sabedoria, porém, é necessário dar provas de perseverança e de constância, pois ela não se deixa conquistar facilmente. O início é difícil e trabalhoso e, muitas vezes, o caminho da sabedoria exige enfrentar contradições e provações. No começo, ela o acompanha por caminhos contrários, trazendo-lhe temor e tremor; começa a prová-lo com a sua disciplina, até que ele a tenha em seus pensamentos e nela deponha sua confiança.
A sabedoria, porém, virá ao encontro de quem superar essas provas e se entregar com perseverança à ela.
Essas exigência, provas e sacrifícios que o discípulo deve enfrentar para alcançar a sabedoria são muito parecidas às renúncias que Jesus exige através das parábolas do tesouro escondido no campo e da pérola preciosa (Mt 13,44-46). Na realidade, o que o Eclo ensina serve de complemento e de ampliação das exigências dessas duas parábolas.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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