Segunda-feira da 9ª Semana do Tempo Comum
Mc 12,1-2
No centro da parábola de Jesus está o comportamento dos agricultores, ou seja, das autoridades religiosas do povo e não do povo.
O contato entre Deus-dono e a vinha-Israel se dá por meio dos servos que são claramente os profetas. Os servos-profetas são maltratados, espancados e até mortos pelos agricultores-chefes do povo. Deus-dono decide então enviar o seu filho esperando ao menos ele seja respeitado. Os agricultores-chefes do povo decidem matar o filho na tentativa de se apossar da herança. Essa atitude é a atitude totalmente insensata de querer se apossar de Deus. Contando essa parábola Jesus revela a sua consciência: ele é o Filho que possui o Pai. A decisão de matar o filho é motivada pelo desejo de se apossar daquilo que só o Filho possui: o Pai.
A conclusão da parábola parece ser bastante negativa: Ele virá, destruirá os agricultores. Aquilo, porém, que parece uma destruição, na verdade é uma substituição: ele entregará a vinha a outros.
É esse o ponto central da parábola: o povo eleito perde o privilégio que tinha, pois se recusa a levar aos outros a boa nova, pelo contrário, deseja ter o monopólio de Deus, se apossar da herança do filho.
A parábola serve para nós batizados como uma advertência. Se até o povo eleito foi substituído por outro, muito mais nós que recebemos o Evangelho sem mérito algum de nossa parte. É preciso, portanto, tomar consciência de que o privilégio de receber a vinha de Deus é, ao mesmo tempo, a responsabilidade de anunciar a todos o evangelho.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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