Segunda-feira 16a TC
Ex 14,5-18
Podemos compreender a angústia e o medo dos hebreus. Eles estão encurralados entre o exército egípcio e o Mar Vermelho. Nessa situação de perigo, as murmurações dos hebreus nos parecem até aceitáveis: “Foi por não haver sepulturas no Egito que tu nos trouxeste para morrermos no deserto? De que nos valeu ter sido tirados do Egito? Não era isso que te dizíamos lá: ‘Deixa-nos em paz servir os egípcios? Porque era muito melhor servir os egípcios do que morrer no deserto’”.
Falando dessa maneira, o povo julgava que a solução para a situação era o de se render aos egípcios e voltar à escravidão.
Na leitura, porém, ouvimos também a solução de Deus: “O Senhor disse a Moisés: ‘Dize aos filhos de Israel que se ponham em marca’”. A solução não é voltar à escravidão, mas continuar caminhando com confiança em Deus.
Este é o ensinamento para nós: Em todos os caminhos da vida encontraremos dificuldades e obstáculos e, assim, poderemos ser tentados a voltar atrás para as condições menos ameaçadoras e aparentemente mais tranquilas. Mas esse não é o desejo de Deus: que voltemos à antiga escravidão.
Jesus uma vez advertiu os seus discípulos: “quem põe a mão no arado e olha para trás não entrará no reino dos céus”. A solução para os problemas atuais não é voltar atrás, mas suplicar e orar ao Senhor para encontrar o modo de superar os obstáculos. A superação dos obstáculos poderá ser inesperada, mas estará sempre em continuidade do caminho iniciado na obediência à vontade de Deus.
Não devemos ficar pedindo sinais a Deus. Os israelitas receberam muitos sinais no deserto, e Deus pode também realizar sinais espetaculares também hoje, se assim Ele desejar. Mas não devemos pedir nem exigir tais sinais. A exigência de sinais é muitas vezes um álibi para a nossa preguiça espiritual e nossa relutância em obedecer a vontade de Deus.
Deus é bom e poderoso. Ele nos convida a caminhar com confiança também em meio a dificuldades.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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