Comentário ao Evangelho – Sábado 34ª Semana TC – 02 12 2023

Sábado 34ª Semana TC

Dn 7,15-27

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Daniel pergunta o significado das quatro feras de sua visão. Ele pediu que lhe fosse explicado o significado das quatro feras. A explicação é clara: “estes quatro possantes animais são quatro reinos que surgirão na terra, mas os que receberão o reino são os santos do Altíssimo; eles ficarão de posse do reino por todos os séculos, eternamente”.

É preciso notar uma certa ambiguidade na visão. Segundo Daniel o filho do homem é um personagem coletivo. Ontem ouvimos que ao Filho do Homem será dada o poder, a glória e a realeza. Na explicação de hoje, o Filho do Homem é identificado com os santos do Altíssimo. Essa ambiguidade é proposital. Na visão de Daniel, Filho do homem é tanto um personagem coletivo quanto o Messias em senso pessoal. Assim, no profeta Daniel, “Filho do Homem” é interpretado em senso coletivo (os santos do Altíssimo) e em senso pessoal. Assim é Jesus Cristo. Ele é pessoalmente o Filho do Homem e, ao mesmo tempo, cabeça do novo Povo de Deus. Cristo é tanto o Messias salvador, como o representante de todos os que foram salvos por Ele, pois uma vez que o Verbo se fez carne, Ele se uniu de alguma forma a todos os seres humanos. O próprio Jesus privilegiou esse título messiânico “Filho do Homem” para se referir a Ele mesmo.

Daniel ainda insiste na explicação da visão. Ele pergunta sobre o sentido dos dez chifres e sobre o chifre que nasceu e fez cair outros três e que era mais forte do que os outros. Novamente a explicação é iluminadora: “o quarto animal é um quarto reino que surgirá na terra. Será maior do que todos os outros reinos; há de devorar a terra inteira, espezinhá-la e esmaga-la. Quanto aos dez chifres do reino: serão dez reis; um outro surgirá depois deles, e este será mais poderoso do que seus antecessores, e abaterá os três reis, articulará insolência contra o Altíssimo e perseguirá seus santos”.

Os santos serão por um certo tempo entregues nas mãos dos inimigos, mas depois desse tempo incompleto, Deus tirará o poder deles e os santos receberão o reino. O Reino dos santos “é um reino eterno, a quem todos os reis servirão e prestarão obediência”.

O reino dos santos e o reino do Filho do Homem não é um reino a mais na série. Não consistirá tampouco em uma vingança dos que eram oprimidos. Não se trata de mudar quem estava no poder, permanecendo o mesmo poder desumano de opressão. Não! O Reino do Filho do Homem é um modo novo no qual a consagração a Deus garante um poder humano autêntico.

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

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