Comentário ao Evangelho – Quinta-feira da 10ª Semana do Tempo Comum – 13/06/2024

Quinta-feira da 10ª Semana do Tempo Comum

Mt 5,20-26

O evangelho de hoje nos ajuda a refletir sobre o único mandamento do amor: amor a Deus e amor ao próximo.

Jesus nos adverte: “Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus”. Os fariseus pensavam a sua relação com Deus desligada da relação com os irmãos. Jesus, no entanto, considera o amor fraterno como uma exigência indispensável. O amor fraterno é uma exigência do amor a Deus!

No evangelho, Jesus dá a impressão de colocar o amor fraterno acima até mesmo do culto a Deus. Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta.

Na verdade, Jesus não contrapõe caridade fraterna e culto a Deus: a oferta mais bela e mais agradável a Deus é exatamente o amor fraterno e se ele falta, todo o resto perde valor.

Jesus quer viver em nós, por isso quer um amor perfeito e é exatamente isso que é a oferta agradável a Deus. Não devemos assim sufocar a caridade de Cristo em nós com atitudes, palavras e julgamentos contrários a essa caridade.

Esse é o dom do Espírito Santo! Receber o Espírito Santo é receber o dom do amor de Jesus em nós. Nós não amamos o irmão com nosso pequeno e limitado amor, mas com o amor infinito de Jesus! Esse é dom maravilhoso que é transmitido a nós no Batismo e na Confirmação.

Também nosso amor a Deus é transformado no amor de Jesus Cristo. Amamos Deus com o mesmo amor de Cristo pelo dom o Espírito Santo. Amamos o Pai com o infinito amor do Filho dado a nós pelo dom do Espírito. Assim a nossa oferta sobre o altar é a nossa vida transfigurada na vida de Cristo.

É por isso que, ao apresentar a oferta de nós mesmos com Cristo sobre o altar, precisamos nos reconciliar com os irmãos. O amor de Cristo não tolera o ódio contra o irmão. O amor de Cristo nos faz buscar o irmão para nos reconciliar com ele.

O mesmo faz Jesus. Ele nunca separa o amor a Deus e ao próximo. Em Jesus, nós temos a revelação da unidade profunda desses dois amores: Jesus nos ama porque ama o Pai: nos amando, Ele ama o Pai; amando o Pai ele nos ama.

Mais ainda, do mesmo modo como o Filho ama o Pai, Jesus nos ama: infinitamente.

Da mesma forma como Jesus nos ama, Ele ama o Pai: dá a vida por nós, entrega a vida ao Pai.

Peçamos a Jesus e ao Pai que nos dê o Espírito Santo de amor.

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

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