Hoje, dia 8 de dezembro, nós comemoramos a solenidade da Imaculada Conceição da Virgem Maria. Esta solenidade traz consigo um profundo valor espiritual para cada um de nós, sobretudo no que se refere a nossa fé na graça operante de Deus na vida da Virgem Maria. O que a primeira mulher (Eva) perdeu, por causa da desobediência, Maria, por mérito divino, ganhou por sua obediência e humildade.
A devoção a Imaculada Conceição teve seus primórdios ainda nas primeiras comunidades cristãs, nos primeiros séculos do cristianismo, no qual os primeiros cristãos já veneravam Maria como a Toda Santa (Panaghia), pois já era da crença e do conhecimento do povo daquela época que Maria foi preservada do pecado original.
Em 28 de fevereiro de 1477 o Papa Sisto IV colocou no calendário litúrgico a festa da Imaculada Conceição. Mas foi em 1854 que passou a ser um dogma da Igreja, instituído pelo Papa Pio IX. Entretanto, a devoção passou a ser mais propagada anos mais tarde após a Santa Bernadette Soubirous, a vidente de Lourdes, dizer a seu confessor que a Virgem se identificou dizendo: “eu sou a Imaculada Conceição”, algo que somente os sacerdotes daquela época tinham ciência. Isso fez com que a fé na Virgem Maria e no dogma da Imaculada Conceição crescessem cada vez mais.
Ao nos voltarmos para a solenidade da Imaculada Conceição nós nos dirigimos à ação de Deus na vida de Maria, na graça com que Deus a cumulou desde a Sua concepção no ventre da Ana. Aliás, quando olhamos para a vida de Maria nós nos deparamos com tamanha obra da graça Divina. Como Maria foi separada do pecado desde a sua concepção, Maria não conhecia nada além daquilo que é bom e agradável aos olhos de Deus.
Dentro do advento a solenidade da Imaculada Conceição tem um papel muito grande, no qual podemos nos voltar à contemplação do mistério divino na preparação do Natal, isto é, da vinda de Jesus a terra – Nisso encontra-se Maria, que foi concebida sem o pecado original para que, por meio do Seu “sim”, pudesse gerar o filho de Deus.
Que ao contemplarmos a solenidade da Imaculada Conceição, possamos nós nos voltarmos a Deus para pedirmos a sua graça. Infelizmente, por causa da inclinação que o homem – ser humano – tem ao pecado, acaba-se criando um distanciamento do homem com Deus. Mas, ao olharmos a vida da Virgem Maria, podemos ter a certeza de que Deus também opera com Sua graça em nós, e é por meio desta graça que poderemos alcançar o Reino Celeste.
Que a Virgem Maria, a Imaculada Conceição, interceda por cada um de nós e nos ajude a vivermos mais perto do Seu Filho, Jesus.
Texto: Seminarista Lucas Fernando Pedrão