Desde 2020 a Arquidiocese está se preparando para a celebração do Centenário da criação da Igreja Particular de Sorocaba.
Neste dia 4 de julho de 2023, celebraremos 99 anos de nossa Igreja Particular e daremos início ao ano do Centenário. A abertura será realizada por meio de uma celebração eucarística na Catedral “Nossa Senhora da Ponte”, ao meio-dia.
No mesmo dia e local, às 13h15min, será feito o lançamento do selo personalizado e do carimbo comemorativo do Centenário da Arquidiocese, produzido pela Empresa Brasileira de Correios. O carimbo filatélico comemorativo será usado por um mês na Agência da Rua São Bento.
Na celebração de abertura do Centenário tomarão parte representantes de todas as 58 paróquias presentes nos 12 municípios que compõem a Arquidiocese de Sorocaba. Para exprimir a comunhão das paróquias em um só Igreja Particular, serão entregues 58 círios que serão acesos nos dias 29 e 30 de julho nas celebrações paroquiais de abertura do Centenário.
Faz parte da comemoração do Centenário a reinauguração, prevista para 2024, do “Seminário Diocesano São Carlos Borromeu”, patrimônio histórico tanto da Arquidiocese quanto da cidade de Sorocaba.
As comemorações do Centenário se darão em todas as cidades através dos “Jubileus” mensais: dos seminaristas, diáconos, coroinhas e acólitos, juventude, pastorais sociais, catequistas, músicos, religiosos, movimentos e associações, crismandos, famílias, ministros extraordinários e sacerdotes.
Além desses diversos jubileus, que estão mais voltados para o “interno” da Igreja Particular de Sorocaba, desejamos que o Centenário jogue luz sobre o empenho dos católicos em favor da sociedade e dos mais pobres. Para isso está em preparação um Relatório da ação social evangelizadora da Arquidiocese de Sorocaba a ser publicado no encerramento do Centenário. Trata-se de tomar consciência agradecida de que a Igreja de Sorocaba não se preocupa somente consigo mesma, mas está voltada “para fora”, contribuindo com a sociedade através da sua capilaridade e grande número de agentes principalmente nas áreas de vulnerabilidade social.
O Papa Francisco tem convocado a Igreja para uma conversão pastoral. Para isso ele tem usado muitas imagens para motivar movimentos de renovação eclesial e de conversão dos cristãos. “Igreja Samaritana”, “Igreja de portas abertas”, Igreja Hospital de Campanha” são imagens cada uma correspondente a um movimento de conversão da Igreja para o nosso tempo.
A imagem tem uma vantagem: ela define menos, mas sugere mais. Como se pode ver, o Papa, mais do que definir um programa, deseja suscitar a conversão eclesial. Uma imagem muito significativa e forte é o da “Igreja em Saída Missionária”. Saída sugere a superação de um comportamento auto-referencial: a Igreja não deve ficar preocupada somente com a sua própria sobrevivência nem garantir os seus privilégios. Ela só é Igreja na medida em que sai de si mesma em direção dos outros, especialmente os que estão nas periferias existenciais. A Igreja deixa a atitude de ficar esperando que as pessoas venham até ela para sair em busca dos perdidos e extraviados da vida. Ela acolhe com amor de mãe todos os que a buscam e nela estão, mas não deixa de, como o bom pastor, ir em busca da ovelha perdida.
Saída missionária não é um movimento de proselitismo, não tem o objetivo de ganhar novos adeptos por meio da pressão, da enganação, das promessas de prosperidade, de saúde e de resolução dos problemas. Saída missionária significa partilhar com todos a alegria e a felicidade do encontro pessoal com Cristo. Evangelizar não é transmitir uma ideologia, nem prometer um analgésico de efeito imediato para todas as dores. Ele partilha uma nova vida e um novo mundo, dons que foram oferecidos e recebidos do Senhor que morreu e ressuscitou.
De fato, o discípulo missionário não tem outro tesouro senão o encontro pessoal com Cristo, por isso ele “sai” para partilhar com os outros essa felicidade que lhe enche o coração.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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