Dom José Benedito Cardoso é sagrado bispo na Catedral Nossa Senhora dos Prazeres, em Itapetininga

A sagração episcopal de Dom José Benedito Cardoso, aconteceu sob o olhar de cerca de três mil pessoas, na Catedral Nossa Senhora dos Prazeres.

Uma noite repleta de emoções para as centenas de católicos que lotaram a Catedral diocesana de Itapetininga (SP), na noite da última sexta-feira, 15 de março: a Igreja ganha mais um bispo, Dom José Benedito Cardoso. Ele tem 57 anos e desde 1988 era pároco da Paróquia São Roque, em Itapetininga.

Antes do início da cerimônia, o então Monsenhor Cardoso, deu detalhes de como se preparou para aquele momento: “Através de um retiro, de oração pessoal, e pela preparação anterior, com os trabalhos no tribunal eclesiástico e na paróquia com o bispo diocesano”. Ele também deixou uma mensagem para as pessoas que o acolherão em São Paulo: “Me coloco à disposição dessas pessoas, para trabalharmos juntos, estarei lá para servir. [quero] Dizer para elas, que podem contar comigo, e naquilo que eu puder ajudá-las, contribuir naquilo que for possível, podem contar com minha colaboração, com meu auxílio e abençoo a todas elas”.

A Solene Celebração teve como ordenante principal o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, que descreve a emoção de presidir essa cerimônia. “É sempre um momento importante, a ordenação de um bispo é um momento forte de atuação da Igreja. Nossa Igreja Católica depende muito do ministério dos bispos, pois são eles os sucessores dos apóstolos, e à eles são confiados uma porção do povo do Deus, e ele que cuida desse povo”, completa.

Foram co-ordenantes Dom Gorgônio Alves da Encarnação Neto, CR, bispo de Itapetininga (SP), e Dom Edmar Peron, bispo de Paranaguá (PR), além disso, a celebração contou com a presença de inúmeros outros bispos (entre eles, Dom Julio Endi Akamine, arcebispo de Sorocaba), padres, diáconos, seminaristas, religiosos e autoridades de diversas localidades.

Dom Gorgônio ressalta o legado que Dom José Benedito deixa para a Diocese de Itapetininga. “Ele foi um exemplo de uma pessoa de comunhão, de simplicidade, de entrega, de amor a Igreja, a Cristo e ao povo de Deus, principalmente com os mais pobres”. O bispo de Itapetininga também se diz muito feliz com a nomeação de dois bispos desta diocese, em menos de um ano. “Isso vem incentivar ainda mais nossa caminhada, Deus está olhando para nós”.

A Santa Missa seguiu normalmente até o Evangelho, quando deu-se início o rito de Ordenação, com a invocação ao Espírito Santo; em seguida o Eleito foi apresentado aos ordenantes e foi lida a Bula de nomeação do Papa Francisco. Em sua homilia, Dom Odilo reflete principalmente sobre a missão do Bispo na Igreja: “[O episcopado] é serviço de amor, traz alegrias, mas também dores; mas tenha certeza [Dom José Benedito] que fazendo por Ele, Ele carrega a cruz conosco”.

Logo em seguida, o Rito de Ordenação teve continuidade, com o “propósito do eleito”, que consiste num interrogatório feito pelo ordenante; um dos momentos mais emocionantes da sagração episcopal foi a Ladainha de Todos os Santos, de joelhos, todos pedem a intercessão dos Santos pelo novo bispo; depois todos os bispos impuseram suas mãos sobre ele e dois diáconos sustentaram o livro dos Evangelhos sobre sua cabeça. Por fim, após a unção com o óleo do crisma, ele recebe as insígnias episcopais (o anel, a mitra e o báculo), e é saudado por todos os bispos e por toda a Igreja. Outro momento emocionante da Sagração Episcopal foi a primeira benção ao povo do novo bispo, ele percorreu toda a Igreja, emocionando a todos; em seguida, Dom Cardoso proferiu seu primeiro discurso como bispo exaltando a sua infância na zona rural de sua cidade natal e fez vários agradecimentos a todos os presentes.

Suely Silvestre, de 68 anos – antiga responsável pelos assuntos econômicos da paróquia São Roque e que conviveu com Dom José Benedito durante os 31 anos que ele permaneceu naquela paróquia – destaca a humildade, o carisma e a liderança presentes no novo bispo. “Ele consegue atrair as pessoas para a paróquia com tudo isso, estamos com o coração apertado de perdê-lo, mas seria egoísmo, por tudo que ele é, não querermos que ele fosse embora; a partilha, foi a grande missão que ele nos ensinou, temos que partilhá-lo”, completa.

Natural de Angatuba (SP), Dom Cardoso foi ordenado presbítero em 1986 por Dom José Lambert (in memorian), então Arcebispo de Sorocaba. Filho do sr. Adelino Cardoso de Almeida (in memorian), e da sra. Clarice Ramos de Almeida. Formado em Filosofia, Teologia e Direito, também é pós-graduado em processo canônico de nulidade de matrimônios e mestre em direito canônico. Exercia a função de Vigário-Geral da Diocese de Itapetininga e de Vigário Judicial do Tribunal Diocesano, função que continuará exercendo.

Sua apresentação na Arquidiocese de São Paulo será no dia 31 de março, às 11h, na Catedral da Sé.

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Por: Deividy José Venâncio/ estudante de Jornalismo – Uniso.

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