Terça-feira 31ª Semana TC
Fl 2,5-11
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Paulo se dirige aos chefes da comunidade de Filipos que começava a sentir a tentação de se tornarem autoritários e arrogantes. Para evitar essa tentação e esse perigo, Paulo propõe o exemplo de Cristo.
Cristo é o Senhor que venceu a morte e está glorificado à direita do Pai. Ele é o Senhor da Igreja e da Criação. Os dirigentes da Igreja participam do Senhorio de Cristo, pois eles são seus representantes. Exatamente por participar do Senhorio de Cristo, os chefes da Igreja devem seguir o mesmo caminho de Cristo que, sendo rico se fez pobre, que se esvaziou de si mesmo para assumir a nossa condição de escravos.
É preciso entender bem o esvaziamento de Cristo. Ao assumir a nossa condição, Cristo não deixou de ser Deus. Absolutamente não! Ele se despojou de seus privilégios: em vez de aparecer cercado de glória como convinha a Deus, Cristo renunciou a esse privilégio, e submergiu totalmente na condição humana de pobreza. Ele poderia ter assumido uma figura histórica de poder e de glória. Poderia ter assumido a condição de rei ou de sacerdote, mas, em vez disso, apareceu como humilde trabalhador de Nazaré. Cristo se tornou homem como um qualquer: sujeito à lei e à morte.
Somente depois da total imersão na miséria humana que iria redimir, aconteceu de ele ser exaltado acima de todos e de tudo.
É este o modelo de quem tem o ofício de governar a Igreja. Mais do que isso, quem governa a Igreja recebe a semelhança de Cristo em seu despojamento e exaltação. Ao dirigente da comunidade é comunicado o dom de ser imergido no mistério de despojamento e exaltação de Cristo. O Senhorio de Cristo, Senhorio que se realiza pelo despojamento e exaltação é um dom que se comunica aos cristãos e requer destes uma recepção ativa ao formar em si mesmos os sentimentos de Cristo.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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