Comentário ao Evangelho – Terça-feira 23/11/2021

Terça-feira 34ª Semana TC

Lc 21, 5-11

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Jesus profetiza o fim e a destruição do Templo de Jerusalém. Para os judeus, a destruição do Templo representava realmente o fim do mundo. Por isso a pergunta: quando acontecerá isso? Quais são os sinais de isso está para acontecer?

A destruição do templo, porém, não foi o fim do mundo. Ele foi um acontecimento histórico, mas não foi o fim do mundo.

Mesmo assim a destruição do Templo é mais do que um evento histórico, ele tem também um significado exemplar para os cristãos de todos os tempos, inclusive para nós que vivemos tantos anos depois da destruição de templo de Jerusalém.

Jesus não responde nada a respeito do futuro: nós gostaríamos de saber, como os judeus daquele tempo, quando acontecerá o fim do mundo. Gostaríamos de ter como adivinhar o futuro e a data do fim do mundo, mas, no fundo, essas perguntas e essa curiosidade são um sinal do nosso medo e da nossa falta de confiança em Jesus. Jesus nos ensina que o mundo teve seu início em Deus e para Ele caminha: o mundo terá seu fim em Deus. Assim quando ouvimos, pensamos ou falamos do fim, não falamos do término ou da destruição. O fim para o cristão é o mesmo que a finalidade e o sentido. O fim do mundo não é sua destruição, mas a sua finalidade e o seu sentido.

Por isso o evangelho de hoje nos aponta para a necessidade de nos firmar em Jesus Cristo para vencer a angústia do fim.

Outra coisa importante do evangelho de hoje é a advertência de que, mesmo estando firmados em Jesus, nós escutaremos vozes que nos dirão “sou eu”, e “o tempo está próximo”. Em tempos de crise surgem os exaltados e os espertos que se aproveitam do medo e da insegurança das pessoas. Jesus nos avisa para não ceder ao pânico, para não acreditar nesses exaltados nem se deixar enganar pelos aproveitadores.

Além da tentação de outros “cristos”, sofreremos também a dureza da guerra, do ódio na própria família e de uma vida que parece ser inútil. Tudo isso implica que estamos travando uma batalha decisiva e que estamos vivendo o tempo que se acaba. Em meio a todas essas dificuldades, a necessidade de nos firmar em Cristo se torna ainda mais premente e urgente.

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

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