Terça-feira da 12ª Semana TC
Mt 7, 6.12-14
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A afirmação de Jesus “não deis aos cães as coisas santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos; para que eles não as pisem com os pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem”, é de difícil interpretação. A dificuldade provém primeiramente do fato de que tal provérbio vem logo depois de Jesus nos ter proibido de julgar os outros e de nos ter ordenado aplicar a medida da moderação, da compreensão e do perdão em relação aos outros. “Não julgueis e não sereis julgados, pois com a medida com que medirdes se medirá para vós” (7,1).
A dificuldade consiste também em saber quem pode ser classificado de “cães e porcos”. Um julgamento tão duro parece ser incompatível com o Evangelho de Jesus.
O que Jesus deseja nos ensinar com esse provérbio tão duro é nos advertir contra um comportamento concreto que infelizmente se verifica na realidade. Não se trata de julgar as pessoas, mas de identificar o comportamento reprovável que infelizmente podem ser o de algumas pessoas ou até mesmo o nosso. Trata-se da atitude concreta de desprezar a Palavra de Deus, de não valorizar a Palavra como coisa santa, de desprezar a sua preciosidade como o porco despreza as pérolas. Existem comportamentos reais de autoconfiança, de fechamento absoluto perante a Palavra de Jesus que desrespeitam o nome de Deus e o profanam.
O provérbio de Jesus é, portanto, uma séria advertência para todos, incluindo nós! Reconheço sempre e conscientemente a sacralidade a Palavra de Deus? Ou sou um cão que a profana e a desrespeita? Valorizo a Palavra de Deus como tesouro precioso para minha vida, ou sou como o porco diante das pérolas?
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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