Terça-feira da 2ª Semana do TC
1Sm 16,1-13
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Prestemos atenção ao que Deus responde a Samuel: “o homem vê a aparência, o Senhor vê o coração”. Samuel tinha ficado impressionado com a grande estatutra de Eliab e pensava ser ele o escolhido do Senhor. Mas o Senhor disse: “Não olhes seu aspecto, nem sua grande estatura, pois o recusei”. Também Saul tinha uma bela aparência, mas no fim ele se demonstrou indigno de ser o ungido de Deus.
Davi era o mais novo dos filhos de Jessé e, por isso, ninguém tinha pensado que ele seria escolhido por Deus. Ele nem sequer estava em casa quando veio Samuel. Foi exatamente Davi que foi o escolhido de Deus pois o Senhor vê o coração.
Em toda a história de Davi podemos notar como o seu coração é diferente de Saul. Depois do pecado, Saul procurou dar como desculpa que o que ele tinha retido era para prestar culto a Deus. Davi, depois do pecado, se humilha diante do profeta Natan.
Davi tem um coração humilde e predisposto ao perdão. Ele perdoou Saul que queria e tentou matá-lo várias vezes. Perdoando Saul, Davi facilitou a unificação das duas facções em que estava dividido o povo.
Na escolha de Davi vemos prefigurada a escolha de Jesus. Jesus é o verdadeiro ungido, que veio com humildade para unir não um povo, mas toda a humanidade. Ele é o bom pastor que cuida das ovelhas, que as salva do lobo, que morre pela unidade da humanidade.
Contemplemos neste episódio da escolha de Davi a continuidade do desígnio de Deus e agradeçamos por esta progressiva revelação que está agora plenamente realizada em Jesus. Peçamos a Deus que torne o nosso coração semelhante ao de Jesus para que possamos contribuir na construção da unidade de todo o gênero humano.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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