Terça-feira da 11ª Semana do TC
1Rs 21,17-29
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Um dos aspectos mais relevantes da profecia bíblica é a sua luta pela justiça social. De fato, os deuses cananeus da fecundidade não exigem justiça social como o faz o Deus de Israel. É verdade que os profetas são homens de Deus e a sua missão é essencialmente religiosa. Mesmo quando denunciam injustiças sociais, não o fazem como políticos nem por motivos de mera reivindicação social. Pelo contrário, tudo eles veem e julgam a partir da Lei de Deus e da Aliança. E nem por isso deixam de ser menos exigentes e revolucionários.
O confronto de Elias com Acab tem muitas semelhanças com o de Natã e Davi (2Sm 12). Em ambos os casos, é evidente a coragem e a audácia dos profetas para censurar a conduta dos reis de Israel. Nunca na Mesopotâmia ou no Egito um sacerdote ou adivinho se atreveria a criticar publicamente o comportamento injusto dos imperadores e dos faraós. Essa é a autenticidade da fé no Deus Vivo e Verdadeiro: acima do rei está Deus e o rei também deve obedecer a Deus e agir de maneira que lhe agrade.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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