Terça-feira: Festa da Dedicação da Basílica de Latrão
Jo 2, 13-22
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A celebração da páscoa dos judeus consumia uma grande quantidade de reses, bois, ovelhas e pombas, necessários para os sacrifícios. Com a licença das autoridades o átrio do templo se transformava quase num mercado. Vendiam-se além dos animais para o sacrifício, tudo o que era necessário para os sacrifícios: lenha, perfumes, etc. Para possibilitar esse comércio e a realização de ofertas, havia também cambistas que trocavam as moedas dos peregrinos vindos de países distantes. Os cambistas prestavam esse serviço e faziam seus negócios.
Toda essa comercialização provoca em Jesus uma reação surpreendente: ele faz um chicote com cordas e expulsa do templo ovelhas e bois; espalha as moedas dos cambistas e vira-lhes as suas mesas.
A ação de Jesus é uma ação profética simbólica, ou seja, revela uma nova realidade. O templo não é mais casa de comércio, mas casa do Pai.
No passado, o templo de Jerusalém foi construção e responsabilidade do rei, no tempo de Jesus, tinha se tornado centro espiritual de todos os judeus da Palestina e da diáspora. Com a chegada de Jesus, o templo é Casa do Pai.
A ação de Jesus provoca a reação das autoridades, afinal quem age como Jesus deve comprovar com um sinal divino a autoridade com a qual realiza o gesto. O sinal que Jesus oferece não é o sinal esperado: o sinal é Ele mesmo. Sua morte na cruz e sua ressurreição ao terceiro dia revela que o templo Casa do Pai não é mais a construção material do templo, mas o próprio Jesus. Nele, Deus está presente pessoalmente; nele o homem pode realmente encontrar Deus.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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