Terça-feira da 8ª Semana TC
1Pd 1,10-16
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Na leitura há uma expressão surpreendente de São Pedro quando ele fala sobre os profetas: “o Espírito de Cristo estava nos profetas”. De que maneira o Espírito de Cristo estava nos profetas?
As profecias do AT diziam respeito ao futuro e elas se tornaram realidade no acontecimento de Cristo. Assim o Espírito de Cristo agia nos profetas “ao anunciar com antecedência os sofrimentos de Cristo e a glória que viria depois”. Essa maneira de falar exprime a profunda convicção de fé segundo a qual toda revelação de Deus constitui uma unidade. Cristo foi anunciado veladamente nas profecias do AT. O mesmo Espírito que falava em Cristo, falou anteriormente através dos profetas do AT. A revelação divina é uma realidade viva e nela convergem o Antigo e o Novo Testamento: o NT está presente veladamente no AT, e o AT se torna patente no NT.
Os primeiros cristãos tiveram plena consciência desta realidade e, por isso, eles investigaram as Escrituras e encontraram nelas essa chave do mistério cristão: o NT está presente veladamente no AT, e o AT se torna patente no NT. Os evangelistas e os pregadores cristãos ofereceram essa chave as gerações sucessivas de tal forma que lendo e ouvindo os Evangelhos vemos ressoar toda a Escritura como uma unidade viva e íntegra que nos introduz no mistério de Cristo. Essa revelação é tão valiosa que até os próprios anjos, que tem o acesso aos mais íntimos segredos de Deus, o recebem através dos evangelistas. “São coisas que até os anjos desejam contemplar”. É como se antes de ser revelado aos anjos, tivesse sido oferecido a nós pelos Evangelhos.
Tamanha riqueza de revelação não deve ser desperdiçada por nós!
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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