Terça-feira da 4ª Semana do TC
2Sm 18,9-10.14.24-25.30-19,3
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Davi está em fuga, perseguido pelo próprio filho, Absalão. Davi, mesmo que seja um filho rebelde, se preocupa com ele: “Vai tudo bem para o jovem Absalão?” Quando ele percebe o que aconteceu ao filho, estremecido com a morte dele, Davi diz exclama aos prantos: “Absalão, meu filho. Meu filho, Absalão”. O pai não pensa na rebelião e no pecado de Absalão. Pensa somente em seu filho. Por isso a vitória na guerra contra Absalão se transforma em luto.
Todos os dias os jornais nos dão notícias de assassinatos e de crimes hediondos. Tudo isso desperta em nós o desprezo e a cólera contra os criminosos. Essa não é uma atitude cristã. É uma atitude bem diferente da que Davi teve em relação a Absalão. Mesmo que este tenha agido de maneira indigna de filho, Davi não negou sua paternidade. Mesmo que criminosos se comportem de maneira condenável, eles não deixam de ser nossos irmãos.
O cristão, se está unido a Deus, sofre pelo mal que as pessoas fazem: pelo mal que os inocentes sofrem e também pelo mal que os criminosos fazem a si mesmos. Sofremos pelas vítimas dos crimes, mas sofremos mais ainda pelos autores dos crimes, pois o mal recai sobretudo sobre eles mesmos. Reagindo dessa maneira nos aproximamos da reação de Deus ante os males deste mundo.
Como Deus, o cristão odeia o pecado sem odiar o pecador, porque sabe que odiar o pecador em vez de tirar o mal acaba por intensifica-lo.
Com efeito, “Deus prova seu amor para conosco, pelo fato de que Cristo morreu por nós, quando ainda éramos pecadores”.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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