Comentário ao Evangelho – Sexta-feira da 4ª Semana do TC – 03.02.2023

Sexta-feira da 4ª Semana do TC

Hb 13,1-8

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A leitura dirige a nós várias exortações, dentre as quais a primeira é o amor fraterno. Para praticar concretamente o amor fraterno são recomendadas duas práticas tradicionais: a hospitalidade e a assistência aos encarcerados.

A hospitalidade é uma virtude muito apreciada e o hóspede é considerado pessoa sagrada. Em épocas de dificuldades e de perseguições, a hospitalidade assume novas dimensões: equivale à proteção do indefeso e vulnerável, do perseguido por causa da sua fé. Nesse contexto de proteção do perseguido, a hospitalidade ganha importância e implica também o risco de quem oculta o perseguido na própria casa e o ajuda.

O motivo para praticar a hospitalidade é: “graças à hospitalidade, alguns hospedaram anjos sem perceber”. Trata-se de uma alusão ao episódio do Gênesis (18-19) em que Abraão e Ló hospedaram personagens misteriosos que no final se revelaram como anjos do Senhor.

A assistência aos encarcerado é uma prática sublime de caridade fraterna e de elevada solidariedade. “Lembrai-vos dos prisioneiros, como se estivésseis presos com eles, e dos que são maltratados”. O motivo que impulsiona essa prática é a regra de ouro: “o que quiserdes que vos façam os homens, fazei-o vós também a eles”.

Por fim, para agir como cristão é preciso que tenhamos cuidado com duas relações particularmente perigosas: a relação entre os sexos e a relação com o dinheiro. Sexo e dinheiro não são realidade em si mesmos maus, mas tanto um quanto outros podem se perverter se não formos vigilantes no seu bom uso.

Para evitar tais perigos é preciso “que o matrimônio seja honrado por todos e que o leito conjugal seja sem mancha”. Levando em conta essa séria advertência sejam também evitadas desordens e perversões na vida sexual. Sejam evitados não só o adultério, mas também outras relações sexuais ilícitas e imorais.

Em relação ao dinheiro, deve-se evitar o pecado da avareza. Com efeito, “a raiz de todos os males é a ganância do dinheiro” (1Tm 6,10). Avareza é o apego aos bens materiais e o desejo incontrolável de possuir cada vez mais. No fundo, a avareza procura a segurança da vida em base aos bens materiais, excluindo dessa segurança Deus e sua providência.

O avarento não sabe nem quer confiar em Deus. Ele é incapaz de dizer com sinceridade de coração: “o Senhor é o meu auxílio, jamais temerei”.

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

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