Sexta-feira da 4ª Semana da Páscoa
At 13,26-33
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O Evangelho não surgiu por geração espontânea. Ele tem antecedente e foi longamente preparado. Ele está enraizado no passado do povo eleito. É o que Paulo mostra claramente em seu discurso na Sinagoga de Antioquia da Pisídia.
O Evangelho, mais exatamente Jesus Cristo, é o cumprimento de tudo o que Deus realizou na história da salvação e o cumprimento de todas as promessas divinas.
Ao falar de Jesus Cristo, Paulo adverte os ouvintes para o perigo de desprezar a graça de Deus que vem através do evento paradoxal da morte e ressurreição. Se o Evangelho for rejeitado por eles, Deus tem já preparada uma obra inesperada e surpreendente que é a missão aos pagãos.
Sem insistir na culpa, mas sem ocultá-la, Paulo sublinha o fato de que os habitantes de Jerusalém e os seus chefes foram instrumento para que se cumprissem as profecias. Com efeito, Paulo declara que “eles realizaram tudo o que a Escritura diz a respeito de Jesus” para explicar que o erro deles foi motivado pela ignorância: “eles não reconheceram a Jesus e, ao condená-lo, cumpriram as profecias que se leem todos os sábados”.
Essa menção das “profecias que se leem todos os sábados” é uma forma delicada de advertência: não basta ser descendente de Abraão, é preciso se abrir ao futuro já presente no cumprimento das Escrituras na pessoa de Jesus.
Essa advertência que Paulo faz aos judeus é atual e dirigida também a nós: o nosso pecado não tem poder de impedir a realização do plano de salvação de Deus, mas é muito melhor para nós colaborar com ele, do que nos opor a ele.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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