Comentário ao Evangelho – Sexta-feira da 2ª semana da Páscoa – 21.04.2023

Sexta-feira da 2ª semana da Páscoa

At 5,34-42

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A defesa de Pedro diante do Sinédrio jogou por terra as duas acusações feitas contra os apóstolos: de desobediência e de difamação.

A responsabilidade das autoridades religiosas pela morte de Jesus era evidente. A desobediência dos apóstolos à proibição de pregar o nome de Jesus era motivada por uma obediência superior, ou seja, a obediência a Deus.

Essa defesa de Pedro provoca fúria e indignação violenta: o Sinédrio delibera sobre a morte dos apóstolos.

Nesse momento se levanta Gamaliel que é membro do Sinédrio. Sua posição contrasta com a hostilidade aberta de muitos outros do Sinédrio. Sua argumentação se baseia em dois fatos históricos e em um critério de julgamento e de ação. Os dois fatos se referem aos movimentos revolucionários de Teudas e de Judas, o galileu. Tanto um quanto outro se apresentaram como salvadores da pátria e como messias enviados por Deus. E mesmo que tenham tido seguidores e pessoas que acreditaram neles, esses dois morreram juntamente com os movimentos rebeldes que eles promoveram. A conclusão desses dois fatos históricos é de que todo falso movimento messiânico se desfaz por si mesmo.

O mesmo vale para o movimento cristão. Se ele for falso, acabará por si mesmo. Nesse caso a oposição ao cristianismo é totalmente desnecessária. Mas se o movimento cristão for obra de Deus, a oposição será inútil, culposa e ímpia.

Essa forma de pensar de Gamaliel foi aceita pelo Sinédrio. Os apóstolos foram postos em liberdade depois de terem sido açoitados.

A reação dos apóstolos é surpreendente. Eles se alegram. A alegria deles não é motivado por terem sido milagrosamente libertados do perigo, nem por terem sido libertados do medo. A alegria deles é paradoxal: alegram-se por terem sido dignos de sofrerem em comunhão com Jesus. Trata-se da bem-aventurança de Jesus.

O Evangelho segue progredindo entre as pessoas apesar de todos os obstáculos. Essa é a constante do livro dos Atos dos Apóstolos. Seja essa também a dinâmica de nossa vida cristã: que o evangelho de Jesus progrida em minha vida e na vida das pessoas com quem convivo.

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

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