Sexta-feira da 12ª Semana TC
Gn 17,1.9-10.15-22
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O relato descreve a aliança de Deus com Abraão. Mesmo que Deus exija de Abraão uma conduta correta de “andar na presença de Deus e de ser perfeito”, a Aliança na verdade é mais um compromisso assumido unilateralmente por Deus. Normalmente nas alianças humanas duas partes se comprometem em respeitar e observar cláusulas do pacto. Na aliança divina, pelo contrário, o compromisso é unilateral: somente Deus promete fidelidade à palavra dada. Assim a circuncisão tem o objetivo de ser a marca carnal dessa aliança unilateral.
A leitura nos mostra mais uma vez Abraão como modelo de fé. Ele já tinha noventa e nove anos de idade. Até agora a promessa de descendência não se tinha realizado. Deus renova a Aliança a fim de que Abraão continue acreditando, mesmo que ainda não veja o cumprimento da promessa divina. De fato, a aliança de Deus é também um pedido feito a Abraão para que este permaneça fiel e continue acreditando em Deus.
Crer em Deus mesmo que a promessa divina demore a ser cumprida é o exemplo que Abraão nos dá. Vivemos tempos em que a fé é cada vez mais entendida como uma garantia de atendimento imediato de nossas necessidades. Se uma religião não dá resultados imediatos, trocamos de religião. Se uma Igreja não promete graças e milagres instantâneos, buscamos uma outra sem tanta enrolação.
Precisamos viver a fé como Abraão, nosso pai na fé.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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