Comentário ao Evangelho – Sexta-feira 18/09/2020

Sexta-feira 24a semana TC

Lc 8, 1-3

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Jesus suscitou a dedicação de muitas mulheres, que o seguiam e o serviam generosamente com os seus bens. Elas ajudavam também os doze apóstolos. Jesus e os apóstolos, por sua vez, não faziam da piedade dessas mulheres uma fonte de lucro e de ganho. Com efeito, essas mulheres tinham sido beneficiadas pelo Senhor que as tinha curado de enfermidades e males diversos. Mais do que isso! Elas tinham encontrado, a partir do encontro com Cristo, o sentido da vida. Essas mulheres tinham se unido ao Senhor de tal maneira que permaneceram fiéis a Jesus mesmo durante a paixão e a morte de cruz. Os apóstolos se dispersaram com medo; as mulheres mostraram todo seu amor e coragem ao permanecerem junto a Jesus até o fim. Foram também as mulheres que foram ao túmulo de Jesus e foram elas a receberem, antes dos apóstolos, o anúncio da ressurreição.

Jesus conhece profundamente o coração das mulheres e conhece-lhe a generosidade, a profundidade dos sentimentos e quer que elas estejam junto a Ele no seu ministério público. Jesus chamou os apóstolos para que permanecessem com Ele. Nesta passagem constatamos que Jesus chamou também as mulheres para estar com Ele.

Por causa desse chamado de Jesus, as mulheres sempre tiveram na Igreja um papel de destaque e foram honradas com grande respeito. Peçamos ao Senhor que nos faça crescer sempre no carinho e no reconhecimento da importância das mulheres na evangelização e na vida cristã.

Lucas testemunha que Jesus percorria cidades e aldeias, pregando o evangelho. E Ele não faz isso sozinho. Ele é acompanhado de colaboradores. É significativo que Jesus tenha querido a colaboração de mais pessoas. Se há alguém que tem o poder de fazer tudo por si só, esse é Jesus. Nós precisamos da colaboração de outros porque assim impõe a nossa limitação. Em tudo precisamos dos outros, mesmo que a gente não perceba isso. Tudo o que sei, toda a ciência que eu possuo, eu a recebi de outros. Mesmo que tenha uma inteligência brilhante, nunca poderei produzir ciência sem a comunidade científica.

Quando produzo algo, sempre vou depender de outros fornecedores e também dos compradores. Se busco sucesso nos esportes, sempre dependerei de treinadores e profissionais do esporte. Em tudo dependo da colaboração, porque nisso consiste a minha condição de ser humano. Não sou deus. E por isso é um delírio arrogante o querer se bastar a si mesmo.

Por isso, é significativo que, tendo a possibilidade, Jesus não tenha querido fazer tudo sozinho. Com Jesus, andavam os colaboradores: os doze e um grupo de mulheres que os assistiam. Algumas mulheres tinham feito a experiência da cura e por isso o serviam por gratidão, outras o seguiam por terem sido atraídas pelo evangelho. Essa realidade de Jesus estar acompanhado tanto por homens quanto por mulheres retrata a realidade da Igreja. Desde o início, as mulheres tiveram cidadania plena na Igreja.

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

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