Comentário ao Evangelho – Sexta-feira 15a semana TC – 21.07.2023

Sexta-feira 15a semana TC

Ex 11,10-12,14

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No centro do relato do Êxodo, entre o anúncio e o fato da morte dos primogênitos, se insere o tema da Páscoa. Os ritos são descritos com pormenores e tais pormenores estão sempre em função dos acontecimentos históricos da libertação da escravidão no Egito.

Vejamos juntos alguns os ritos importantes que estão estreitamente ligados aos eventos históricos da libertação.

O nome “Páscoa” é uma clara alusão à passagem do Senhor: “é a páscoa, isto é, a Passagem do Senhor! E naquela noite passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos”.

A fim de ser poupados do anjo exterminador o povo pinta os marcos e a travessa da porta da própria casa com um pouco do sangue do cordeiro imolado. “O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao ver o sangue, passarei adiante, e não vos atingirá a praga exterminadora, quando eu ferir a terra do Egito”.

Outro rito interessante é que o cordeiro deve ser consumido às pressas: “e comereis às pressas, pois é a Páscoa do Senhor, isto é a passagem do Senhor”. Também os pães ázimos são consumidos nessa noite para recordar a pressa da saída do Egito.

Como podemos notar, os ritos não são vazios nem tem uma finalidade supersticiosa ou mágica. Eles são realizados em função dos acontecimentos históricos da saída do Egito.

A nova Páscoa, a páscoa cristã é a Eucaristia.

A vida cristã não é feita de rituais vazios. A vida cristã é união com Cristo. Quando participamos da missa não assistimos a uma função, mas nos unimos a Jesus, oferecendo nossa vida na sua, para sermos consumidos no seu amor.

A nossa páscoa é a passagem do Senhor da morte para a vida. Nós passamos com Ele do pecado para a graça, das trevas para a luz, da morte para a vida.

Somos poupados da morte eterna pelo sangue de Cristo que é nosso cordeiro pascal imolado. O nosso sinal salvador é o sangue de Cristo crucificado para a nossa salvação.

Conforme a prescrição da páscoa antiga: a carne do cordeiro deve ser assada ao fogo. “Não comereis nada cru, ou cozido em água, mas assado ao fogo”.  Jesus, o nosso cordeiro pascal, na sua paixão foi transformado pelo Espírito Santo que é o verdadeiro fogo, fogo da caridade e da misericórdia. A morte de Jesus é total dom de si, supremo sacrifício e ato de misericórdia que foi consumado no fogo do amor.

Sejamos agradecidos a Jesus pelo seu sacrifício. Sejamos agradecidos pela eucaristia em que o sacrifício de amor de Cristo se presencializa e realiza no aqui e no agora toda sua eficácia benéfica e salvadora da cruz.

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

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