Sexta-feira da 4ª Semana do TC
Mc 6, 14-29
Clique para ouvir o Evangelho e seu comentário:
O relato do martírio de João Batista é concluído de maneira dramática: “os discípulos levaram o cadáver e o sepultaram”. É uma conclusão brusca e quase fria. É a mesma forma como se conclui o drama da morte de Jesus: Marcos relata simplesmente, quase de maneira fria, que “José rolou uma pedra para fechar a entrada do tumulo”. O fim de João, o precursor, antecipa e pressagia o fim de Jesus, o Salvador.
O martírio de João Batista manifesta o pecado no seu ponto mais alto. Ele denunciou o adultério de Herodes e o chamou a conversão. Mas Herodes preferiu calar a voz que clama para não ter o incômodo de mudar de vida.
Herodes não está disposto a se converter e por isso mata o profeta. Fazendo isso, acaba por eliminar a própria possibilidade de conversão: João é a voz que faz ressoar a Palavra que é Jesus. Sem a voz que clama, a Palavra se cala.
Isso pode também acontecer conosco. Não devemos calar a voz da consciência quando ela nos acusa, porque fazendo isso a Palavra se cala e perdemos a possibilidade de nos converter e sermos salvos.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
Veja mais em: Biografia / Agenda do Arcebispo / Palavra do Pastor / Youtube / Redes Sociais