Sexta-feira da 26ª semana TC
Lc 10, 13-16
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Ai de ti, Corazim! Ai de ti Betsaida! Ai de ti, Cafarnaum! Com essa condenação Jesus nos coloca diante do risco que implica o anúncio do Evangelho. Pela sua própria natureza o Evangelho é uma proposta humilde que reclama a nossa livre aceitação. Uma vez que Jesus nunca viola a nossa liberdade, Ele pode, como aconteceu em sua missão histórica, ser aceito ou rejeitado. Ninguém pode se salvar sem o próprio consentimento. Por isso, o Evangelho e o seu anunciador sempre correm o risco da rejeição.
Com a condenação (ai de ti), Jesus quer chamar a atenção para o fato de que o julgamento dos que não tiveram a oportunidade de ouvir a Palavra será mais brando do que o julgamento dos que, tendo recebido o Evangelho, o rejeitaram. Receber o Evangelho é sim um grande dom e um privilégio. Mas é também uma responsabilidade séria. A quem muito foi dado, muito será pedido.
O missionário deve anunciar o Evangelho! Ele não quer privar os outros da mesma felicidade e alegria de ter encontrado o tesouro do coração, o sentido da vida, a verdade que liberta! É evidente que o Evangelho implica a responsabilidade da livre aceitação, mas negar o Evangelho aos outros, a fim de evitar uma possível rejeição e, consequentemente, uma triste condenação, é o mesmo que não oferecer ao doente o remédio que cura para não correr o risco dos seus efeitos colaterais.
Neste mês missionário rezemos para que todos nós, discípulos missionários, anunciemos com alegria o Evangelho da salvação. A dura admoestação de Jesus contra as cidades da Galileia não é uma sentença de abandono, mas uma insistente exortação à conversão. Que saibamos anunciar o Evangelho da conversão com coragem e humildade, uma vez que muito recebemos e, por isso, muito devemos dar.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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