Segunda-feira na oitava da Páscoa
At 2,14.22-32
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Estamos na oitava da páscoa, e a leitura de At nos transporta já para o evento de Pentecostes. Ou melhor: para o discurso que Pedro faz logo depois de o Espírito Santo descer sobre os discípulos reunidos no Cenáculo. Esse é o primeiro discurso de Pedro, depois que ele recebeu o Espírito Santo. Trata-se de um discurso importante e fundamental para a nossa fé.
As pessoas que ouviam a pregação dos discípulos de Jesus estavam “pasmos e perplexos, e diziam uns aos outros: que significa isso?” Há alguns, porém, que dão um significado negativo para o que ocorreu com os discípulos depois que receberam o Espírito Santo: “Estão cheios de vinho doce”. Com efeito, a zombaria é um recurso fácil para desqualificar o que não conseguimos entender.
São Pedro toma a palavra para responder à pergunta que uns fazem aos outros: “que significa isso?” Ele primeiramente rebate os que zombam: “Estes aqui não estão embriagados, como podeis pensar, é apenas a terceira hora do dia (= 9:00)”. O que está acontecendo então. Pedro explica: “está acontecendo o que foi anunciado pelo profeta Joel: ‘nos últimos dias, derramarei o meu Espírito sobre todos, e vossos filhos e filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões e os vossos anciãos terão sonhos; mesmo sobre os meus escravos e escravas derramarei o meu Espírito, naqueles dias, e profetizarão”.
Com a morte e a ressurreição de Jesus, a profecia de Joel se cumpre: é a efusão do dom do Espírito Santo para todo o povo sem limitações de idade, sexo ou condição social. Aquilo que, no AT, era reservado somente a algumas pessoas e por um determinado tempo, com a morte e ressurreição de Jesus, se torna um dom universal e estável.
Vivemos exatamente nesse tempo da efusão universal do Espírito Santo. Por causa da ressurreição de Jesus, recebemos o Espírito de Jesus sem exclusão de ninguém. Para receber esse dom basta fazer o que também está na profecia de Joel: “E todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. Ora, o nome a ser invocado é o nome de Jesus.
Nesta oitava da páscoa invoquemos com fé, amor, afeto e confiança o nome de Jesus sobre nós e sobre as pessoas que encontrarmos.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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