Segunda-feira da 5ª semana da Quaresma
Dn 13,1-9.15-17.19-30.33-62
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O relato da casta Suzana possui uma fina psicologia e uma tensão dramática com o fim de ensinar o triunfo da inocência sobre a maldade.
As palavras de Susana: “é melhor para mim não fazer isso, e cair nas vossas mãos, do que pecar na presença do Senhor” foi também o clamor dos mártires macabeus e a mais bela expressão dos seus heroicos sentimentos.
Como denúncia do vício e exaltação da virtude, o relato é de grande atualidade para hoje e para o futuro.
Susana representa um ideal de fidelidade conjugal e confiança em Deus. Os anciãos representam o abuso dos poderosos. Eles desejam se aproveitar de Susana roubando-a do seu marido e desonrando-a. O jovem Daniel representa a consciência sadia, não manchada nem arrogante, através da qual Deus faz triunfar a justiça.
Susana é uma mulher íntegra e bela. Ela se torna vítima daqueles que deveriam defender a justiça. Os anciãos são juízes perversos de mau caráter, que abusam do poder se apropriando dos bens e das pessoas, cometendo crimes acobertados pela “imunidade” que esse tipo de autoridade goza. Susana resistiu a esses aliciadores que querem condená-la à morte por um crime que ela se recusou cometer com aqueles dois velhos. É no momento que tudo parece perdido para Susana, que Daniel se ergue, pede revisão do julgamento e consegue comprovar a calúnia daqueles dois pervertidos. Assim, a situação se reverte: os acusadores são condenados.
Vemos neste relato a mão de Deus defendendo o fraco, o indefeso, o caluniado e o perseguido injustamente por meio da ação do profeta Daniel.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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