Segunda-feira. Festa de S. João Evangelista
1 Jo 1, 1-4
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Na primeira leitura, São João exprime o seu entusiasmo pelo mistério da encarnação.
Ele exprime seu entusiasmo demonstrando o realismo, a profundidade e a eficácia da encarnação.
O realismo da encarnação: no tempo de São João alguns diziam que era impossível que o Filho de Deus pudesse assumir a carne humana. Diziam que a encarnação não era real, era somente aparente.
João insiste: não é aparência, é verdadeira a carne de Jesus, carne assumida pelo Filho de Deus. Tão real que João afirma: “o que nós vimos, ouvimos e tocamos”. É realidade, não é ilusão.
Jesus nasceu realmente, cresceu e morreu de verdade. Isso tudo não foi aparência. Ele realmente assumiu a nossa existência terrena exceto o pecado.
São João demonstra a profundidade da encarnação. Esse homem Jesus não é simplesmente um homem, mas é a manifestação de uma realidade que não podemos sequer conceber bem: é uma pessoa humana e o Verbo da Vida. Ele é a Vida mesma na sua realidade mais profunda. Ele é “a vida eterna que estava junto ao Pai e que se tornou visível a nós”.
São João demonstra também a eficácia da encarnação. O Verbo de Deus se encarnou para que nós estar de agora em diante em “comunhão com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo”. A encarnação é para a comunhão.
Tantas vezes a carne é motivo de discórdia e de desunião. Com a carne estamos em um lugar e não em outro. Podemos alcançar as pessoas queridas com o pensamento, mas a carne nos impede de estar em comunhão direta com eles. Por causa do dinheiro, quanta discórdia, quantas divisões e brigas.
O Filho de Deus, tomando a nossa carne, fez dela meio de comunhão. Tudo o que ele assumiu se tornou instrumento de comunhão com Deus e com os outros.
Nesta missa, a carne de Cristo serve para fazer a comunhão. Recebendo a comunhão no corpo e sangue de Cristo, recebemos também a comunhão com o Pai e com os irmãos e irmãs.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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