Segunda-feira da 4ª Semana da Páscoa
Jo 10, 1-10
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Muitas vezes a fé cristã é descrita como opressora da vida e como uma mutilação das possibilidades de desenvolvimento da vida humana. Parece até que Jesus tenha vindo para nos fazer morrer e que a fé seja uma diminuição da vida. No Evangelho de hoje, porém, o próprio Jesus nos revela a razão de sua vinda: “eu vim para que tenham a vida e a tenham em abundância”.
Jesus não quer mutilar a nossa vida, nem deseja reprimir nosso autêntico desejo de vida, tampouco oprime o nosso progresso humano. Jesus deseja, pelo contrário, o pleno desenvolvimento da nossa vida. Se ele pede algum sacrifício, se nos convida a carregar a cruz de cada dia é sempre com a finalidade positiva: a vida em plenitude.
“Eu vim para que tenham a vida e a tenham em abundância”. Devemos pensar sempre nesse objetivo da vinda de Jesus. Todo o Evangelho, todas as curas que os evangelistas narram, todas as palavras e ensinamentos de Jesus têm esse objetivo: a vida em abundância.
Assim também todas as iniciativas e obras da Igreja (hospitais, escolas, acolhida de pobres e idosos…) ao longo dos séculos estão em consonância com a missão de Jesus: Ele veio para que tenhamos a vida em abundância.
A vida em abundância consiste em viver como Jesus viveu, em amar como Jesus amou. “O ladrão só vem para roubar, matar e destruir”. A imagem do ladrão exprime em forma concreta uma vida que não é a vida em plenitude: é a vida egoísta de quem só pensa em si mesmo. O resultado dessa vida egoísta é sempre a mesma: roubo, homicídio e destruição. Jesus veio não para nos impor a obrigação de amar, mas para nos dar a capacidade de amar como Ele ama.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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