Segunda-feira da 3ª Semana do TC

2Sm 5,1-7.10

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Mais uma vez a leitura nos propõe o exemplo de Davi a ser seguido. Ele tinha se esforçado de todos os modos em não comprometer a unidade o povo de Israel, apesar da hostilidade prolongada e crescente de Saul. E esse foi seu comportamento de sempre.

Com a morte de Saul, Davi não reagiu com alegria, mas fez luto por ele e Jônatas. Quando o neto de Saul foi assassinado, Davi puniu com a morte os seus assassinos. Foi exatamente encorajadas por essa generosidade de Davi que as tribos de Israel se aproximaram para reconhecê-lo rei.

Se o seu comportamento tivesse sido diferente, somente as tribos de Judá o teriam aceitado como rei, e Davi teria permanecido somente um rei de um pequeno reino local. Com o seu comportamento respeitoso até para com seu inimigo Saul, Davi preparou e garantiu a unidade de todo Israel. Com efeito, “Todas as tribos de Israel foram até Davi, em Hebron e disseram-lhe: ‘aqui estamos, nós somos teu osso e tua carne’. E o Senhor te disse: ‘tu apascentarás o meu povo Israel, tu serás o príncipe de Israel’”. E Davi foi rei por quarenta anos, e o seu reino se tornou figura do Reino messiânico. Foi exatamente com ele que Jerusalém foi conquistada e o templo foi preparado.

Davi e Jerusalém serão os temas centrais de toda a história sucessiva, particularmente da própria história de Jesus, “o filho de Deus” e o “filho de Davi”, como escreve o evangelista Mateus. Davi será a figura de Jesus reconciliador não somente de Israel, mas de todos, Ele que abateu o muro de separação entre Israel e os pagãos e reconciliou ambos com Deus em um só corpo (Ef 2,14).

Agradeçamos Deus por esse seu plano maravilhoso e procuremos também nós ser construtores da unidade e da concórdia. Que nada façamos para dividir e opor as pessoas. Que sejamos colaboradores de Deus, edificados sobre Cristo, pedra angular, para se templo santo do Senhor (Ef 2,20-22).

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

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