Segunda-feira da 7ª Semana TC
Tg 3,13-18
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São Tiago continua a sua advertência contra os que pretendem ser mestres dos outros no caminho da salvação. Ele continua a fazer sua crítica contra o que desejam se sentar na cátedra com a pretensão de ter a solução para todos os problemas e a convicção falsa de conhecer profundamente Deus e o mundo.
Para que alguém queira ser mestre de outros é preciso sabedoria verdadeira e não somente achar que é sábio ou se apoiar em uma falsa sabedoria. Quais são as diferenças entre a falsa sabedoria e a verdadeira.
A sabedoria verdadeira não é puramente teórica, mas vem acompanhada de um comportamento bom e sereno: “quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, por bom procedimento que ele age com mansidão”. Onde houver invejas e rivalidades, a pretensão de ser sábio é engano e mentira. Essa pretensa sabedoria que fomenta ciúme e desentendimento entre as pessoas não vem de Deus, mas é “terrena, egoísta e diabólica!” Os frutos dessa sabedoria falsa é “toda espécie de desordens e de más obras”.
Ao contrário, a verdadeira sabedoria “vem do alto, é pura, pacífica, modesta conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, é imparcial e sem fingimento”. Se queremos saber se uma pessoa é verdadeira sábia ou se apenas se exibe como sábia é preciso prestar atenção a esses critérios apontados por S. Tiago. Saber que a sabedoria nasce do Evangelho; se tem como fruto uma compreensão madura e serena da vida; se é pacificadora e apaziguadora das tensões provocadas pelas paixões; se é condescendente e conciliadora. A verdadeira sabedoria, por fim é rica em boas obras, entre as quais se destaca a misericórdia.
Como se pode ver, a sabedoria verdadeira está a serviço da edificação da comunidade.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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