Comentário ao Evangelho – Segunda-feira 18/07/2022

Segunda-feira 16a TC

Mq 6,1-4.6-8

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A leitura do profeta Miquéias descreve o processo jurídico que Deus move contra o seu povo eleito. Deus age como aquele que acusa o povo. Como em todo processo judicial, Deus precisa apresentar testemunhas. Uma vez que não pode convocar como testemunhas outras divindades, Deus chama como suas testemunhas os montes e as colinas: “Levanta-te, convoca um julgamento perante os montes e faze que as colinas ouçam a tua voz”.

Nesse julgamento, porém, Deus não joga na cara todas as culpas, prevaricações e apostasias do povo, como já tinha feito tantas vezes por meio dos profetas. Deus usa uma outra estratégia para conduzir o povo à conversão e ao arrependimento. Em vez de lançar em rosto os pecados, Deus recorda os muitos benefícios e misericórdias em favor do povo: “Povo meu, que é que te fiz? Em que te fui penoso? Responde-me. Eu te retirei do Egito e te libertei da casa da servidão, e pus à tua frente Moisés, Aarão e Maria”. É a via do amor e da bondade, em que Israel nada pode alegar em sua defesa.

O povo, de fato, se converte e se pergunta o que pode oferecer ao Senhor. “Que oferta farei ao Senhor, digna dele, ao ajoelhar-me diante do Deus Altíssimo?

A essa pergunta do povo (o que farei? O que oferecerei?), Deus responde que é uma verdadeira antecipação do Evangelho no Antigo Testamento. A resposta divina é uma maravilhosa síntese dos profetas Amós, Oseias e Isaías.

Com efeito, em vez de oferecer sacrifícios cultuais, Amós exigiu a justiça social, Oseias o amor apaixonado, Isaías a fé e a obediência. Eis como Miquéias responde: “Foi-te revelado, ó homem, o que é o bem, e o que o Senhor exige de ti: principalmente praticar a justiça e amar a misericórdia, e caminhas solícito com teu Deus”.

Vale a pena que nós repitamos até memorizar este versículo precioso. Repetir e memorizar para viver e pôr em prática.

 

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

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