Segunda-feira da 14ª semana TC
Os 2,16.17b-18.21-22
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Entre as pessoas humanas é impossível recuperar o primeiro amor e o enamoramento depois que eles se perdem. O enamoramento é como uma flor belíssima que murcha quando se choca com a realidade. Os enamorados são obrigados a enfrentar as diferenças pessoais, a relativizar a imagem idealizada do outro, a sofrer desilisões e decepções. É normal e, até necessário, que os enamorados passem do apaixonamento para a realidade.
Assim os tempos do encantamento passam e não se recuperam mais.
O profeta Oséias, no entanto, nos revela que com Deus isso não acontece. Jesus Cristo venceu a morte e vence toda morte, também do amor apaixonado por Deus. Deus pode renovar tudo, porque é um Deus fiel ao seu amor que é para sempre.
É por isso que Oséias usa uma linguagem que é própria dos apaixonados: “eis que eu a vou seduzir, levando-a à solidão, onde lhe falarei ao coração”. Deus não somente não deixa morrer seu amor apaixonado por nós, mas Ele faz reviver e recuperar o amor primeiro em nós: “e ela aí responderá ao compromisso, como nos dias de sua juventude”. O amor da juventude se torna o paradigma do amor que Deus quer renascer em nós.
Peçamos ao Senhor essa força maravilhosa que nos arranca das garras da rotina e dos hábitos e dá intensidade ao nosso amor.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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