Segunda-feira da 27a Semana TC
Gl 1,6-12
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Há muitas maneiras de ajudar as pessoas. Na leitura, vemos Paulo se comportando de maneira dura, enérgica e ríspida. Nas cartas de Paulo sempre inicia as suas cartas com uma oração de bênção e de ação de graças a Deus pelos bens que os destinatários tinham recebido. Por exemplo, na carta aos Coríntios, Paulo a inicia assim: “Dou sempre graças a meu Deus a vosso respeito, por causa da graça de Deus a vós dada em Cristo Jesus”.
Aos Gálatas, no entanto, Paulo não começa com uma bênção, mas com uma advertência: “Irmãos, admiro-me de terdes abandonado tão depressa aquele que vos chamou, na graça de Cristo, e de terdes passado para um outro evangelho”.
Paulo começa com uma reprovação dura e que, depois, será ainda reforçada, chamando os gálatas de tolos e falsos.
Naquela situação, a maneira concreta de Paulo ajudar os gálatas era esta: adverti-los com coragem e severidade e denunciar o erro em que tinham caído. Com efeito, quando uma pessoa está para beber um veneno, o modo de ajuda-la não é lhe dar um sorriso, mas arrancar-lhe o copo de veneno de suas mãos. Trata-se de um amor exigente e quase violento, mas verdadeiro.
Paulo usa dessa caridade exigente porque os gálatas estavam abandonando o Evangelho de Cristo por uma doutrina espúria que os levava a confundir os valores e a buscar a salvação fora de Cristo. Por isso Paulo reage com força. O que estava em jogo era a salvação dos gálatas e por isso era preciso uma reação enérgica. Ao fazer assim, Paulo demonstra o seu ardente amor por Cristo e pelos gálatas.
Peçamos ao Senhor, por intercessão de São Paulo, a graça de nos manter fiéis à pureza do Evangelho, para que possamos ser de ajuda a tantas pessoas que se deixam facilmente se desviar por doutrinas estranhas.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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