Sábado depois de cinzas
Is 58,9-14
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Na leitura Isaías insiste na natureza da verdadeira religião. Ela consiste me tirar da vida tudo que é um peso impróprio para as pessoas carregarem; é fazer desaparecer da vida os gestos ameaçadores, o dedo em riste e o falar arrogante. A religião verdadeira consiste em repartir o pão com o faminto. A partilha do pão é realidade e símbolo. Realidade porque ao partilhar o pão a fome é vencida. E símbolo porque ao repartir o rico experimenta na pele a carência própria do pobre, e o pobre oferece ao rico a sua atitude de confiar unicamente em Deus.
Tempo da quaresma é tempo para viver a religião verdadeira a fim de que comece o tempo messiânico: “a tua luz brilhará nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia”.
A santificação do sábado é também verdadeira religião no sentido de que é um tempo subtraído ao interesse humano e dedicado a Deus. Da mesma forma como o templo é um espaço reservado a Deus, o sábado é um tempo que não deve ser usado para aumentar lucro e produtividade, mas é um sacrifício do ganho para professar um valor superior. Além disso, o sábado deve ser observado não como pesar, mas como privilégio e com alegria: “se evitares negócios no meu dia santo, se disseres que o sábado é tua delícia, dia consagrado ao Senhor: se, de verdade o glorificares, deixando os teus negócios e tuas conversas, então te alegrarás no Senhor”.
Tempo da quaresma é também um tempo subtraído aos nossos interesses para ser consagrado à Deus e à prática da penitência. Quaresma é um tempo sagrado, não por si mesmo, mas porque o dedicamos a Deus em comunhão festiva com Ele e de caridade operosa em relação aos irmãos.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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