Sábado da 33ª Semana do TC
Ap 11,4-12
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A leitura de hoje é uma confirmação de que o Evangelho é doce na boca e amargo no coração. João toma a visão que o profeta Zacarias tinha narrado anteriormente para descrever o que acontece à duas testemunhas do Evangelho que “estavam incomodando os habitantes da terra” porque pregavam a conversão de vida. O profeta Zacarias tinha mencionado um candelabro de ouro e duas oliveiras (Zc 4), que são os símbolos de Zorobabel e o sumo sacerdote Josué.
João, por sua vez, usa esses símbolos do AT e os reinterpreta para descrever o que acontece a quem acolheu o Evangelho que é doce na boca e amargo no estômago.
De fato, as testemunhas do Evangelho são incômodos ao Grande Império e a morte delas enche de contentamento a sociedade que elas denunciavam. Os cadáveres das duas testemunhas permanecem sem serem sepultados: mesmo mortos, as pessoas não conseguem varrer da memória as duas testemunhas do Evangelho.
Depois de três dias e meio (metade de sete), as duas testemunhas revivem. Isto significa que mesmo que os poderes mundanos consigam, em certos momentos, se desfazerem dos profetas incômodos, o Espírito Santo volta a suscitar de novo a profecia no meio da Igreja. Com efeito, a história da Igreja é uma sucessão de profetas mortos e ressuscitados. O poder do Mundo sempre procura se livrar dos profetas, como mortes violentas, com métodos de manipulação, de integração ou de instrumentalização.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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