Comentário ao Evangelho – Sábado da 1ª Semana da Quaresma – 04.03.2023

Sábado da 1ª Semana da Quaresma

Dt 26,16-19

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Muitas vezes, nós nos referimos ao AT como a Lei. Essa forma de nomear não está errada, mas pode dar uma ideia errada: a de que o elemento central do AT seja a lei. No entanto, o AT tem o seu centro não na lei, mas na Aliança. Esse é o sentido da leitura do Deuteronômio: Deus propõe a aliança ao povo eleito, uma aliança feita não somente de exigências, mas sobretudo de recíproca fidelidade: exigência e fidelidade estão lado a lado nesta leitura. “Hoje, o Senhor, teu Deus, te manda pôr em prática estes preceitos e estas normas”: esta é a exigência. Mas há também a promessa de fidelidade: “E o Senhor te confirmou, hoje, que tu serás o seu povo particular. Assim ele te exaltará acima de todas as nações que ele criou. E serás um povo santo para o Senhor, teu Deus”.

Há, portanto, uma união e uma aliança que muda a vida em profundidade. Assim a observância das normas não é somente uma exigência, mas um sinal concreto dessa mudança profunda da vida realizada pela união com Deus.

Assim as prescrições legais presentes no Deuteronômio não são apenas um conjunto de normas. Pelo contrário, a observância das normas é resposta à iniciativa de Deus de criar e de estabelecer Aliança com o seu povo. Obedecer às leis é o sinal que mostra a transformação interior que a amizade com Deus realiza no povo. Assim não são os bons frutos que tornam uma árvore boa, mas é a árvore boa que produz bons frutos.

CF 2023: O mundo criado é uma propriedade de Deus. Os bens criados por Deus têm destinação universal, e não privada. Por isso não se deve reduzir solidariedade a assistencialismo.

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

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