Comentário ao Evangelho – Sábado 34ª Semana TC – 26.11.2022

Sábado 34ª Semana TC

Ap 22,1-7

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A descrição do rio de água viva que brota do trono de Deus e do Cordeiro recorda e nos faz cair na conta da ação da graça de Deus em nossa vida e em nosso mundo. A graça de Deus é um rio que sana, fecunda e faz florescer a vida. As árvores ribeirinhas recordam a árvore da vida do paraíso. Suas folhas curam as nações. Podemos pensar nas feridas históricas provocadas pelas guerras e tiranias de uma nação contra a outra. O novo céu e a nova terra não faz esquecer essas feridas, mas as supera.

Verão a sua face e o seu nome estará sobre suas frontes”. Ver a face de Deus foi algo que foi negado a Moisés (Ex 33,20), foi uma promessa feita nas bem-aventuranças (Mt 5,8). Esse ardente desejo de todos os tempos é plenamente realizado na visão do Apocalipse.

Às vezes pensamos pouco nesse nosso privilégio: Jesus nos revela o rosto do Pai: “quem me vê, vê o Pai”. Jesus nos deu, em certo sentido, uma antecipação da visão beatífica: sabemos como é Deus, porque o Filho o revelou a nós com suas palavras e os seus gestos.

Como no prometeu Jesus, a visão perfeita de Deus é para os puros de coração: “bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus”. Aceitemos, portanto, a purificação que Jesus opera em nós através de provas e tentações a fim de que nossa vida seja sempre mais conforme a vontade do Pai.

Peçamos também o auxílio de Nossa Senhora. Ela nos ensine a começar e sobretudo a concluir a boa obra dando-nos a constância no bem. A obra que se realiza em nós é obra de Deus, é uma nova criação, e somente Deus pode levá-la à sua plena realização. Para que possamos cooperar na obra de Deus em nós, precisamos da ajuda de Nossa Senhora. Nós levamos a água como os servidos das bodas de Caná, e é Nossa Senhora que nos exorta a fazer tudo o que Jesus nos pede. Aceitando o convite de Nossa Senhora (fazei tudo o que ele vos disser) nossa água se transformará em vinho novo das núpcias. Assim a nossa alegria será plena, a semelhança da alegria de Maria.

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

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