Sábado 21ª semana do TC
1Ts 4,9-11
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Paulo não se arroga o título de mestre dos tessalonicenses. Ele tem consciência de que é Deus o mestre: “não é preciso escrever-vos a respeito do amor fraterno, pois já aprendestes de Deus mesmo a amar-vos uns aos outros”. Paulo vê nisso a realização da promessa da profecia de Jeremias, segundo a qual Deus iria estabelecer uma nova Aliança diferente da do Sinai. A aliança do Sinai foi escrita nas tábuas de pedra, mas isso não transformou o coração das pessoas. A nova Aliança, porém, seria escrita no coração, pois Deus mesmo iria ensinar o seu povo.
Ora, a nova aliança foi estabelecida por Cristo, que na última ceia, apresentou o cálice como a nova aliança no seu sangue. Assim os tessalonicenses entraram na nova Aliança e, por isso, são ensinados pelo próprio Deus a amar e a se amarem reciprocamente. O ensinamento divino não consiste em uma série de leis, mas de uma nova vida a ser aceita e acolhida; uma vida de amor, uma vida para amar!
Fomos criados para amar, e a nossa vocação pessoal consiste em encontrar a forma pessoal de amar. Deus nos ensina a amar, não de maneira teórica, mas nos comunica a sua capacidade de amar segundo a nossa personalidade própria e pessoal. Assim o mistério do amor infinito de Deus se concretiza e se exprime em uma abundância de formas pessoais de amar. Trata-se de um único amor, mas que se torna presente no amor vivido pessoalmente.
Assim instruídos por Deus, os tessalonicenses não necessitam de uma outra exortação. No tempo de Jeremias, o profeta devia exortar com insistência e continuamente as pessoas a amarem, mas isso de nada servia, pois o coração do povo estava endurecido e os ouvidos estavam surdos. Agora a situação mudou completamente: não é preciso mais exortar ao amor, pois Deus mesmo ensina a amar.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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