Sábado da 2ª Semana da Páscoa
Jo 6, 16-21
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O evangelho de hoje nos narra o episódio de Jesus que vai ao encontro dos discípulos caminhando sobre as águas. É um episódio que prepara os discípulos para o mistério da páscoa: o mistério da morte e da ressurreição de Jesus.
Há muitos pontos de contato entre o episódio e o mistério pascal.
Jesus, que caminha sobre as águas, é uma prefiguração de Jesus que atravessa vitoriosamente a morte. Na Bíblia, muitas vezes, a morte é comparada com o mar. “Me envolvem as ondas da morte”, “ondas revoltas vêm sobre mim”, diz um salmo. É uma forma simbólica de falar do sofrimento da morte. A morte é como uma onda de tempestade que nos submerge. No mar em tempestade, a morte por afogamento é quase certa, por isso quem caminha sobre o mar se revela como vencedor da morte. É o que Jesus faz.
Soprava um vento forte e o mar estava agitado. Essa é a imagem da tempestade da paixão de Jesus. É a imagem da terrível tribulação que dispersou os discípulos. Jesus caminha sobre as águas em meio à tempestade se aproximando do barco. Os discípulos têm medo, da mesma forma como eles tiveram medo durante a paixão, mas Jesus lhes diz: “Sou eu. Não tenhais medo”. Estas são as mesmas palavras de Jesus ressuscitado, quando vai ao encontro dos discípulos nas aparições.
O evangelho se conclui de um modo muito significativo para nós. Quando os discípulos reconheceram que era Jesus que caminhava sobre as águas: Quiseram recolher Jesus na barca, mas imediatamente a barca chegou à margem para onde estavam indo.
Quando aceitamos Jesus no seu mistério de paixão e ressurreição, nós chegamos à margem imediatamente. Quando aceitamos Jesus morto e ressuscitado no barco de nossa vida, atravessamos as tempestades da vida com mais rapidez e chegamos ao destino de nossa viagem. Peçamos ao Senhor a graça de reconhecê-lo presente e ativo em nossa vida para que, com Ele, possamos atravessar as tempestades da vida.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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