2ª Semana da Quaresma – ANO A
Lc 15,1-3.11-32
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Esta parábola, Jesus contou para os fariseus e escribas que criticavam Jesus pela sua bondade com os pecadores. Assim a intenção principal se encontra no fim da parábola, na reação do filho mais velho e nas palavras do Pai. Este é o núcleo da narrativa.
Esta parábola é também endereçada a nós, os filhos mais velhos. Quantas vezes nos surpreendemos fazendo a conta daquilo que nós demos a Deus e de quanto Ele nos deve dar, de como Ele é injusto porque dá mais ao filho mais novo. Infelizmente o filho mais velho não compreende que esta parábola não é a parábola da justiça distributiva, mas a parábola da misericórdia, do Pai misericordioso.
Para o justo não é normal manifestar tanta bondade para com aquele que cometeu pecado. Mas Jesus quer nos fazer compreender que para aqueles que foram fiéis a Deus está reservada uma alegria maior do que aquela do receber. Para estes está reservada a alegria do dar, de abrir o próprio coração ao amor infinito de Deus e de ser misericordiosos como o Pai é misericordioso. Ao dar descobrimos que o que damos também foi nos dado pelo Pai.
Deus não cessa de nos convidar: “Era necessário festejar, porque teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi encontrado”.
A misericórdia é a mais perfeita motivação da igualdade entre os seres humanos e, por conseguinte, também a motivação mais perfeita da justiça, na medida em que ambas têm em vista o mesmo fim (Texto-base, CF 2020, 54).
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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