Comentário ao Evangelho – Sábado 04/04/2020

5ª Semana da Quaresma – ANO A

Jo 11,45-56

 

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Jesus iria morrer pela nação. E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos”.

Para reunir os filhos de Deus dispersos há duas políticas. Tem a política de Caifás que se preocupa com o sucesso de Jesus e que quer mata-lo. De fato, Jesus é um perigo para a estabilidade política injusta dos inimigos de Jesus.

Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação.

Os inimigos de Jesus pensam no bem do povo, mas a violência contra uma pessoa inocente será a causa de destruição que eles queriam evitar. O fim é bom, mas o meio é injusto. Os fins nunca justificam os meios. Infelizmente é essa política pragmática que parece imperar em nosso tempo! É pensando no bem do povo, que se cometem as injustiças mais graves. Exemplo disso não faltam. Para aliviar o sofrimento dos doentes e idosos e dos familiares, alguns defendem o direito de abreviar a vida pela eutanásia. Para combater os abortos clandestinos, afirmam que é necessário legalizar o aborto, porque assim eles podem ser feitos com mais segurança. Para superar o sofrimento das pessoas com tendências homossexuais pensa-se em romper a ligação entre a sexualidade e o sexo biológico.

Uma das causas da crise que vem crescendo e se desenvolvendo no coração das nações é o ataque desenfreado contra a família, santuário da vida (Texto-base, CF 2020, 83).

Graças a Deus, há uma outra política! É a política de Deus, aquela que Caifás profere sem ter consciência disso: é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira!

Deus reúne na unidade enviando o seu Filho para que Ele dê a vida por nós. Estamos dispersos e desunidos! Não só entre nós mesmos, mas também com Deus e conosco mesmos. E Deus nos envia o seu Filho, seu Filho amado, para restabelecer a unidade. Jesus morreu e ressuscitou para isso! Para que sejamos reconciliados com Deus e com os outros. Deus não é o tirano que nos castiga. Deus é o Pai! O outro não é meu inimigo, é meu irmão.

Essa política de Deus consiste em dar a própria vida para restabelecer a unidade, para fazer as pazes entre Deus e o homens, e entre as pessoas. Somente quando somos capazes de dar a vida e não de tirar a vida, será possível a unidade.

Jesus já realizou essa unidade pela sua morte e ressurreição! Possamos também nós experimentar essa unidade que brota da doação da vida.

 

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

 

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