Quinta-feira da 6ª Semana TC
Gn 9,1-13
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Deus estabeleceu uma aliança com Noé. Nessa nova aliança, Deus repete as mesmas palavras proferidas quando criou o mundo: crescer, multiplicar-se, encher a terra, dominar a terra e fazer dela a sua morada. Essas palavras soam também como palavras de promessas.
Mas juntamente com essa ordem-promessa está a ordem-mandamento. É um mandamento de respeitar a vida desde a dos animais até a dos homens. No caso do respeito à vida animal, o respeito se limita ao tratamento ritual adequado do sangue: o homem pode se servir dos animais como alimento, mas sem consumir suas carnes com sangue. No caso do ser humano, a vida humana deve ser salvaguardada em absoluto. A vida do outro vale tanto quanto a própria vida. Além disso é o próprio Deus que defende a vida humana, com sua presença nela, uma vez que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus.
A aliança com Noé consiste na promessa de que não haverá outro dilúvio que destrua a terra. Deus faz uma pacto de defesa da vida. Por isso a ofensa contra a vida é ofensa contra Deus. Uma vez que a vida manifesta a ação criadora de Deus, atentar contra a vida, qualquer que seja ela, significa também atentar contra Deus e sua ação criadora.
A promessa tem como sinal o arco-íris. Esse sinal da natureza como que recorda Deus a sua promessa de proteção. É para nós um sinal perene da presença do Criador na criação. Ele não se confunde com a criação, mas mantém a sua ordem e sua permanência.
Assim a Aliança com Noé significa a promessa de paz, de vida, de salvação. A humanidade inteira desfruta dessa ação benéfica e protetora de Deus.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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