Quinta-feira da 4ª Semana da Quaresma
Ex 32,7-14
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As Sagradas Escrituras falam antecipadamente do mistério de Cristo. É isto que podemos ver no trecho do Êxodo. Após o pecado do povo, Deus planeja destruir o povo e propõe que Moisés seja o pai de uma nova estirpe de um povo novo. O povo provou que está completamente pervertido e é necessário extirpá-lo. Deus, porém, quer realizar os seus desígnios, por isso propõem que Moisés seja o início de um novo povo.
Moisés, no entanto, não aceita a proposta de Deus: “Se queres destruir o teu povo, então cancela-me do livro da vida”, isto é, suprime também a mim. Esta atitude de Moisés é de total solidariedade para com seu povo. É esta solidariedade que alcança a salvação do próprio povo. Tudo isto podemos interpretar como prefiguração daquilo que acontecerá no mistério de Cristo.
No mistério de Cristo todas estas coisas se realizam de forma extraordinária e inesperada. Deus, na morte de seu Filho, “destrói o povo” (a morte de Cristo é a destruição do mundo velho, do homem velho). Mas não é pura destruição, porque esta morte produz uma ressurreição. Jesus é, portanto, o novo Moisés que aceita morrer com e para o povo. É também o novo Moisés que se tornará uma grande nação. “Farei de ti uma grande nação”. Esta promessa se realiza na ressurreição de Cristo.
As Escrituras assim mostram como, na paixão e ressurreição de Jesus Cristo, as promessas de Deus se realizam de um modo que ninguém podia prever: é a Boa Nova de Jesus Cristo.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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