Comentário ao Evangelho – Quinta-feira da 2ª Semana do TC – 19.01.2023

Quinta-feira da 2ª Semana do TC

Hb 7,25-8,6

Clique para ouvir o Evangelho e seu comentário:

A Carta aos Hebreus não deixa dúvida quanto ao seu tema central: “o tema mais importante da nossa exposição é este: temos um sumo-sacerdote tão grande, que se assentou à direita do trono da majestade, nos céus. Ele é ministro do Santuário e da Tenda verdadeira, armada pelo Senhor, e não por mão humana”.

Conforme São Paulo já expôs, Cristo é sacerdote não segundo a ordem de Aarão, mas segundo a de Melquiseseque. Há, porém, outras dificuldades que devem ser resolvidas para poder chamar Jesus de Sumo-sacerdote.

As objeções que um conhecedor das Escrituras pode levantar contra a confissão de Jesus como nosso Sumo-sacerdote podem ser assim resumidas.

Primeira objeção: a condição fundamental para que o sacerdote exerça o seu ministério sacerdotal é que ele tenha um templo em que ele possa atuar. Jesus exerce o ministério sacerdotal em um templo? Tem Ele um templo onde possa oficiar?

Segunda objeção: por fim, outra condição fundamental para que o sacerdote exerça o seu ministério é que ele tenha algo para oferecer a Deus em sacrifício? O que Jesus oferece em sacrifício?

São Paulo responde a cada uma dessas objeções.

Primeiramente, Jesus está de fato sentado à direita de Deus e é no céu que Ele exerce o seu sacerdócio. Na verdade, o verdadeiro templo de Deus não são os templos materiais. Os templos materiais são importantes, mas eles são só cópia, sombra e símbolo do verdadeiro Templo. É preciso entender bem isso: o templo celeste, no qual Jesus exerce o se sacerdócio, não é uma abstração nem uma imaginação puramente mental, mas um verdadeiro santuário, com um verdadeiro sacerdócio. Segundo a Escritura: o templo terrestre era uma espécie de sombra, figura e imitação imperfeita do santuário construído pelo próprio Deus.

Segundo. Jesus é o Sumo sacerdote que oferece não sacrifícios materiais, mas o sacrifício de si mesmo. Ele é o sacerdote e também a vítima oferecida a Deus. Ele não oferece a vida de animais ou de outros; Ele oferece a própria vida que teve lugar uma vez para sempre.

Por todos esses motivos devemos reconhecer: “Tal é precisamente o sumo-sacerdote que nos convinha: santo, inocente, sem mancha, separado dos pecadores e elevado acima dos céus”.

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

Veja mais em: Biografia / Agenda do Arcebispo / Palavra do Pastor / Youtube / Redes Sociais

Compartilhe: