Comentário ao Evangelho – Quinta-feira da 11ª semana TC – 22.06.2023

Quinta-feira da 11ª semana TC

2Cor 11,1-11

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Paulo era criticado por alguns “super-apóstolos” que influenciavam os coríntios contra a autoridade dele. O modo desses super-apóstolos agir era semelhante aos atuais “influenciadores católicos” que pululam na internet.

Paulo precisa lugar contra esses que ele chama de “falsos apóstolos, operários fraudulentos, disfarçados em apóstolos de Cristo” (2Cor 11,13). Eles, primeiramente, se consideravam mais ortodoxos do que Paulo: eram arrogantes, exigentes, duros e agressivos. Paulo precisa constatar com tristeza: “suportais que vos escravizem, que vos devorem, que vos explorem, que vos tratem com arrogância, que vos batam no rosto” (11,20).

Paulo é criticado por esses super-apóstolos porque ele se mostra muito benévolo e simples. “Eu, Paulo, vos exorto, pela mansidão e bondade de Cristo; eu, tão humilde quanto estou entre vós, e tão ousado para convosco, quando ausente” (10,1).

Além de criticar Paulo por ser humilde no trato com os coríntios, esses super-apóstolos o criticam porque ele não fazia uso do seu direito de ser sustentado pela Igreja. “Acaso cometi algum pecado, pelo fato de vos ter anunciado o evangelho de Deus gratuitamente, humilhando-me a mim mesmo para vos exaltar?

Paulo se defende veementemente dessas críticas e examinando-se a si mesmo declara que não se arrepende de ter oferecido o Evangelho gratuitamente e de ter se mostrado humilde e moderado no trato.

É preciso equilibrar a autoridade e o serviço. No exercício do poder é preciso evitar o rigor destruidor, como fazem os super-apóstolos. No serviço aos fiéis é preciso evitar a brandura que leva à desordem.

Por Dom Julio Endi Akamine SAC

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