Quinta-feira 16a Semana
Jr 2,1-3.7-8.12-13
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O profeta Jeremias grita aos ouvidos de Jerusalém, lembrando ao povo o quanto Deus o amor e o protegeu. Lembra tudo o que Deus fez para o povo hebreu, desde quando era fraco e oprimido pela escravidão. Lembra também do tempo em que, como um jovem cheio de afeto que segue a sua amada, obedecia ao Senhor.
Com efeito, no tempo da peregrinação no deserto, a fé se manteve praticamente incontaminada. O povo vivia em um ambiente hostil e dependia da providência divina. Israel era assim a herança consagrada do Senhor, a propriedade exclusiva de Deus, uma coisa intocável. Quem ousasse apropriar-se de Israel se tornava merecedor do castigo divino.
Estas bondades continuaram na terra prometida, mas infelizmente, depois de ter entrado na terra prometida, o povo consagrado ao Senhor se desviou do caminho, como o adulto que acha que já é dono de si. Os israelitas confundiram o Senhor com as forças da natureza; trocaram Deus pela técnica e as exigências da sociedade de consumo. Os chefes religiosos e as autoridades políticas conduziram o povo a cometer a apostasia e a idolatria. Praticaram crimes, abandonando a Deus, a fonte de água viva, cavando para si poços rachados que não retém água.
Com essa comparação, o profeta denuncia os pecados e alerta para as suas consequências que eles sofrerão.
Precisamos prestar mais atenção aos profetas de ontem e de hoje, e estar atentos aos sinais que Deus nos envia para nos orientar. É preciso sobretudo ouvir Jesus Cristo e o seu Evangelho a fim de que não ouçamos também nós a reprovação do profeta Jeremias: “Dois pecados cometeu meu povo: abandonou-me a mim, fonte de água viva, e preferiu cavar cisternas, cisternas defeituosas que não podem reter água”.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
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