Quinta-feira 15a semana TC
Ex 3,13-20
Clique para ouvir o Evangelho e seu comentário:
O nosso Deus é um Deus pessoal que se interessa com as pessoas, que se torna próximo, que busca os seres humanos. Evidentemente Deus se manifesta através das forças naturais, mas a sua identidade profunda é a de ser um Deus pessoal que se relaciona com as pessoas humanas.
Esse é o sentido da revelação do nome.
Deus não pode ser nomeado pelo homem. Somente Deus pode “se nomear” na nossa vida e história. O ser humano não pode impor nome a Deus, pois para conhecer Deus, o homem precisa prestar atenção à ação salvadora de Deus. O ser humano sequer pode falar corretamente de Deus se não prestar atenção à sua ação salvadora.
O nome “eu sou aquele que sou” torna Deus muito próximo de nós e, ao mesmo tempo, muito distante de nós. O nome revela que a transcendência e a imanência de Deus não se contradizem.
Deus é transcendente e o nome “eu sou aquele que sou” torna evidente como somos diferentes de Deus. Diante do “eu sou aquele que sou” reconhecemo-nos limitados. “Nós não somos”: nós somos fracos, impotentes e a todo momento caímos na conta de que não estamos à altura dos acontecimentos, de que não termos a capacidade de fazer aquilo que é necessário.
O nome “eu sou aquele que sou” revela que Deus está muito próximo de nós. O nome revelado declara que Deus está aqui e agora conosco para todo o sempre. Deus é pessoa que está próximo de pessoas concretas, que deseja libertar da opressão, que quer fazer sair seu povo da escravidão do Egito. A presença de Deus é uma presença íntima e salvadora.
No próprio nome de Deus está a promessa de uma presença que acompanha e liberta o povo. Assim toda a história do êxodo, com seus sinais de presença e de poder salvador de Deus, se torna verdadeira explicação do que significa para Israel o nome revelado de Deus: Deus não tem outro nome a não ser a sua própria obra salvadora. A obra salvadora de Deus é a melhor e a única explicação do nome revelado de Deus. O nome revelado de Deus não cessa nunca de se revelar, pois Deus nunca deixa de agir em favor de seus filhos. Correspondendo a esse mistério revelado do nome de Deus, precisamos estar sempre conhecendo de novo a ação salvadora de Deus.
Por Dom Julio Endi Akamine SAC
Veja mais em: Biografia / Agenda do Arcebispo / Palavra do Pastor / Youtube / Redes Sociais